Capítulo 2

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Olá bruxarada! Mais uma att da nossa história feita para minha linda amiga oculta Kathy. Vamos ver o que está reservado para Thomas e os demais personagens dessa trama. 

Lembrem. Gostou? Clica na estrelinha. Deixe seu comentário. Eu sempre aprendo com eles. 

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Já era quinta-feira e Tom já estava se enturmando com os funcionários da biblioteca, bem como os usuários regulares. Nina era uma, chegava quase todas as tardes e só ia embora na hora em que a senhora Brock trancava a porta da frente.

Isso fazia com que o rapaz fosse se conhecendo os moradores da pequena cidade de Bitter Creek. A Biblioteca Municipal era um ponto de encontro, mesmo nas férias. Havia uma sala de vídeo e um bom acervo de DVDs. Dando uma olhada na programação para o mês reparou no número de saraus, palestras e discussões de filmes clássicos. Ficou animado. Era uma das coisas que gostava muito, essa intimidade com livros, filmes e poesia.

Já era sete horas da noite. A senhora Brock tinha explicado que o horário não reduzia nas férias pois, era claro, que a cidade não tinha muito a oferecer em termos de lazer para a sua população. Não havia shoppings, nem cinema. O parque da reserva também estava com uma programação recheada de caminhadas nos finais de semana. Tom folgava domingo e segunda e estava pensando fortemente em fazer uma dessas caminhadas monitoradas.

A Biblioteca fecharia ás nove horas e isso dava a Tom mais duas horas de observação. Gostava de imaginar o que motivava as pessoas, tentava adivinhar profissão, gostos literários, dos frequentadores. Mas, esse homem que estava na estante de história local tinha uma aura de mistério e de proibido. Era alto, com traços indígenas, pele morena, cabelos longos e lisos que pareciam escuros na sombra, mas quando o homem se moveu através de um raio de sol, já baixando no horizonte, percebia-se reflexos vermelhos e prateados.

Como Tom olhava para o recém-chegado estranho tão atentamente notou quando o homem alto e forte cheirou o ar. Um gesto muito estranho. E mais estranho ainda quando se virou diretamente para ele com os olhos arregalados e um sentimento que misturava espanto, ódio e tristeza. Tudo em um só relance de olhar. Tom ficou paralisado, como um cervo nos faróis, com a aproximação do cara misterioso, seu andar era predatório, medido empurrando Tom para um canto na parede.

O estranho cheirou o ar novamente e definitivamente tinha raiva lá. Tom não sabia o que fazer ou dizer. Era uma situação inusitada. Baixando até ficar com os lábios perto da orelha de Tom, causando arrepios e acelerando a respiração do mais novo funcionário da biblioteca, o homem sussurrou – Por que você tem o cheiro dele? – Como que para confirmar a pergunta deu uma inspirada no pescoço de Tom que era uns quinze ou vinte centímetros mais baixo. – Sua aparência não é nada como a de Chris, mas seu cheiro, sua energia... – O desconhecido pegou o queixo de Tom apertando as bochechas, levantando para o olhar nos olhos.

Thomas estava com medo. Seu coração parecia que sairia pela boca. Ao mesmo tempo o toque daquele homem desencadeou reações em seu corpo que o rapaz tinha vergonha de admitir. – Você está me machucando, senhor. – Tentou ser educado. Quem sabe qual tipo de doido esse cara era. – Por favor, me solte. – Num gesto abrupto e contínuo o homem largou o rosto do rapaz e virou-se para a recepção.

Sem olhar novamente para um Thomas sem folêgo e assustado como se estivesse encarado o próprio diabo dirigiu-se a senhora Brock. – Lillie, só vim confirmar minha palestra amanhã.

-- Que bom, senhor Redfox. Temos muitas inscrições para sua atividade. Sempre é uma honra recebê-lo. – Um brilho de admiração e quem sabe outra coisinha mais brilhava nos olhos da bibliotecária. Com um sorriso educada, mas que não permitia avanços o homem foi embora.

A Bruxa de Bitter Creek [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora