A Bruxa de Bitter Creek [Completo]

Capítulo 11

Olá bruxarada! Então.. já estamos quase no final. Hora de revelar a identidade de nossa vilã. Dar explicações do que ficou inexplicado. E ... chega. Vamos pra história. huahuahuahua.

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Tia Meg explicou que os bruxos tinham vivido na sociedade humana, misturado com os humanos, por mais tempo do que os shifters e outros seres paranormais. E por causa dessa proximidade e do fato que um bruxo ser muito parecido com uma pessoa comum, os humanos tentaram desenvolver habilidades semelhantes. A diferença é que um bruxo nasce assim. Todo bruxo nasce com um dom, um poder, mas pode aprender outros e tem a vida muito ... muito... muito longa. Os únicos que vivem mais do que os bruxos são demônios e vampiros.

Os humanos criaram três categorias tentando imitar o poder dos bruxos: necromancia é a capacidade de dominar o mundo dos mortos, ouvir os ensinamentos de quem já morreu e também escravizar e usar fantasmas e cadáveres; alquimia é a arte das poções e também estudam como abrir portais e invocar vários tipos de seres paranormais para trabalhar para eles sob um contrato; e feiticeiros são os que manipulam a realidade podendo criar ilusões e forçar a vontade de alguém, mas também aprendem as artes de cura.

A diferença entre um bruxo e essas categorias é que um humano será sempre humano. O poder vem de estudo e não do nascimento e seu tempo de vida é o normal para a espécie humana. Contudo, não se engane existem feiticeiros, necromantes ou alquimistas tão poderosos quanto bruxos. E, aparentemente, eles estavam diante de um necromante muito poderoso.

Com todas essas informações em mente eles foram resgatar Thomas, torcendo que nenhum dano ou ferimento grave tenha sido infligido. Peter estava atormentado. Era sempre ele que via seu companheiro sofrer. Ele não queria perder mais nenhum. O destino tinha dado mais uma chance e ele iria segurar essa chance com unhas e dentes.

Ao longo desse mês e meio ele reencontrou o outro pedaço de sua alma. Ele e Chris tinham conseguido driblar o destino. Só existe um companheiro e era para a vida toda. Se esse companheiro morria, então estava acabado. No caso deles, eram um trio, mas eles eram os únicos companheiros que teriam. Um companheiro era alguém feito sob medida pelo destino, era o único que completava e dava sentido na vida de um paranormal. Um conceito mais profundo do que o de almas gêmeas dos humanos. E eles conseguiram achar uma falha. Peter tinha a sensação de que o cosmo descobriu e agora estava tirando Tom deles como uma espécie de punição. Claro, tia Meg disse que isso era besteira. Eles tinham jogado pelas regras humanas de reencarnação.

Chris foi um humano especial. A mutação em seu DNA aconteceu naturalmente. Ele era filho de dois humanos e, por algum acaso da genética, nasceu bruxo. Era raro, mas ainda acontecia. E Thomas era filho de humanos, também. E, quer seja o acaso, ou o fato de compartilharem a mesma alma, a mesma mudança genética ocorreu e Tom era um bruxo. Por isso, quando lançaram o feitiço assegurando uma reencarnação eles jogaram com as regras humanas. Foi isso que Megan explicou e Peter queria acreditar nisso com todas as forças de seu ser.

Perdido nesses pensamentos percebeu que chegaram no suposto local onde Thomas estava sendo mantido prisioneiro. O necromante confiava muito em seu sigilo de camuflagem. Tanto que não deixou nenhum guardião e foi fácil demais entrar nas ruínas e chegar ao subsolo onde ficavam as celas. As lembranças saltavam na mente de Peter aumentando seu desespero e sua pressa. Ele sentiu os feitiços que impediam de usar seu poder. Graças aos Deuses eles tinham Megan. O poder de tia Meg era bem raro entre os bruxos. E por isso Pete deixou ela ir na frente apesar de sua vontade de correr até onde Thomas estava.

O grupo todo estava tenso, preparado para um ataque do adversário oculto. Cada um ali tinha um palpite, mas até que o necromante se revelasse nada era cem por cento garantido. Cada cela que abriam se revelava vazia. Até chegarem no fundo, na última cela. E o que viram ali ... congelou o coração de todos.