paris changed us

chapter eleven

Harry permaneceu na mesma posição, olhos ainda extremamente arregalados devido ao que diabos havia acabado de acontecer. Havia um pavor terrível queimando em sua mente dizendo que Louis estava acordado, e tinha ouvido tudo, e foi comprovado pelo fato de sua respiração ter repentinamente parado, quase como se estivesse presa em sua garganta por choque.

O quarto estava tão silencioso que mais parecia como um grito inquietante. Harry estava confuso e coberto por esperma e muito assustado para mover um único centímetro, com medo de romper o silêncio. Louis não disse uma palavra, caso estivesse mesmo acordado, embora sua respiração soasse bem mais instável no quarto agora, como se ele estivesse tentando firmá-la – se não fosse a paranoia de Harry falando mais uma vez.

Harry estava desesperado para dizer alguma coisa, talvez até mesmo limpar sua garganta, mas estava apavorado então permaneceu quieto. Em silêncio, ele moveu a mão que não estava cheia de esperma para encontrar qualquer peça de roupa do chão ao lado da cama, utilizando para limpar a outra mão. Era uma ação bem nojenta, algo que ele não costumava fazer, mas se levantar e correr para o banheiro parecia drástico até demais em um momento como esse.

Ele gemeu o nome de Louis em meio ao quarto silencioso. Não era como se isso pudesse ser confundido com outra coisa; era um claro, desenfreado gemido do nome do garoto deitado na cama ao lado da sua. Mas que autêntico desastre ele havia criado no meio do seu orgasmo.

Uma vez que jogou a camiseta suja em meio ao escuro onde supunhava ser sua mala, ele fechou seus olhos e mais uma vez se repreendeu internamente, tanto por fazer isso em primeiro lugar quanto por ter literalmente se entregado. A última palavra que havia sido sensualmente pronunciada naquele quarto a essa noite foi: 'Louis'. Nada mais a seguir.

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Harry nunca havia sido acordado tão abruptamente por seu despertador em toda a sua vida, disparando em uma posição vertical no momento em que o som atingiu seus ouvidos. O infame no fundo do seu estômago estava absolutamente insuportável assim que se lembrou do que aconteceu na noite passada, depois de distinguir que não foi um sonho, e se encontrar olhando para a cama de Louis. Os lençóis estavam amarrotados e desocupados, uma cama vazia que parecia ter sido mexida não fazia muito tempo. Harry queria voltar a dormir e nunca mais acordar, qualquer coisa para que não tivesse que ver Louis e encontrar seus olhos.

Seus sonhos foram destruídos assim que Louis abriu as cortinas da sacada, adentrando com um sopro de ar fresco e o som da vida de Paris do lado de fora, fechando a porta atrás dele firmemente. Harry estava olhando para as mãos, incerto do que deveria fazer, então optou por permanecer confiante. Ele levantou a cabeça e olhou para Louis, que já estava olhando para ele.

"E-eu me levantei mais cedo." Louis preencheu o silêncio, constatando o óbvio com gaguez. "Resolvi ficar sentado na sacada um pouquinho, despertar direito." Ele não estava mais olhando nos olhos de Harry, ele estava olhando para algum ponto na parede.

Nenhuma menção da noite passada, entretanto – normal; apesar de que sair abordando um assunto como esse agora também não fosse ser exatamente apropriado.

"Justo." Harry casualmente comentou, ajeitando o cabelo um pouco.

Louis entrou mais para dentro do quarto e pegou seu livro favorito de sua mesa de cabeceira antes de mais uma vez se dirigir à sacada. Ele provavelmente se deu conta do quão tensas as coisas estavam, uma nuvem destrambelhada pairando sobre eles, e por isso decidiu se retirar novamente. Deus, Harry estava se sentindo como um pervertido esquisitão por conta da noite passada. Ele decidiu pegar seus artigos de higiene pessoal e roupas para usar e lavar todo o stress.