Ignoro o bater da porta até não o ouvir mais, não quero que Suna perceba que a mãe dela está aqui comigo.
Hyuna parece uma senhora de respeito, determinada e de facto invejável. Eu nunca a imaginaria fazendo uma coisa desse jeito com um garoto da minha idade. Senhoras devem ficar com senhores, não?
Parece que eu ainda não entendo esse mundo muito bem, tudo aqui parece confuso e sem sentido, algumas pessoas até fugindo da realidade.
Algum tempo se passou e mesmo assim Hyuna ainda permanecia na minha casa, nesse momento preparando uma comida. Eu tenho a certeza que irei me arrepender mais tarde.
— Pode sair, por favor? Eu não quero mais problemas com a senhora.— Hyuna estava colocando a mesa e servindo a comida.
Ela parecia não se importar com as minhas palavras, como se apenas precisasse do meu corpo para a satisfazer. — Não vai apenas me deixar comer com você?— Seria mal se eu rejeitasse, então me rendi.
Hyuna se sentou na mesa ao meu lado e serviu um líquido castanho avermelhado no meu copo e no dela. — O que é isso?— Hyuna deu uma leve risada e logo respondeu. — Vinho.
Franzi a testa e a observei enquanto tomava o seu vinho delicadamente. Mas assim que leves gotas do vinho tocaram a minha língua, uma enorme vontade de vomitar surgiu. — Péssimo.— A minha expressão facial já dizia o quanto eu tinha odiado aquele vinho.
A cada segundo que se passava os meus olhos ficavam mais pesados e as minhas mãos como pedra, tudo ao meu redor parecia estar girando. — O que se.. passa comi..— Antes de eu terminar a frase tudo se apagou, como se eu estivesse em um universo totalmente escuro e sozinho.
🍰
Assim que os meus olhos se abrem vejo que não tem ninguém comigo na cama, porém o meu corpo se encontra totalmente descoberto. A casa se encontra limpa agora, mas me pergunto mil vezes o que terá acontecido.
Ouço um bater na porta e me visto rapidamente. Eu tenho que me encontrar com a Suna para explicar o que aconteceu, caso a sua mãe conte, ela nunca mais irá falar comigo.
Assim que abro a porta, Suna caminha alegremente e me oferece um abraço caloroso, um abraço que eu nunca tinha recebido antes na minha vida.
— Tudo bem por aqui?— Suna caminhou até a cozinha e pousou as sacolas por cima da mesa.
Caminho rapidamente até a cozinha com a intenção de a impedir de abrir a geladeira, se ela perceber eu vou me ferrar. Não posso perder a chance de estar com o meu primeiro amor. — Tudo sim, e aí?— recebi rapidamente as sacolas e coloquei na dispensa.
Suna deu de ombros e se sentou no sofá. Tem uma garrafa de vinho na mesa e dois pratos na mesa. Parece que o universo quer que eu conte agora, não tem mais por onde escapar. — A sua mãe esteve aqui ontem.— Disse fechando os olhos com força, por medo de ouvir a sua resposta.
— Eu sei. — A minha mente explodiu nesse momento. Ela sabe e age na maior normalidade, como se nada tivesse acontecido? — Você não está chateada?— Me sentei ao seu lado para ver se assimilava melhor as suas respostas.
Suna deu um suspiro profundo e logo pegou a minha mão. Assim que ela tocou a minha mão, senti que as suas futuras palavras irão mudar a minha vida. — Eu não posso fazer nada, ela é a minha mãe.— Suna deu uma leve pausa e depois continuou. — Somos amigos, certo?— Amigos?
Parece que os meus pensamentos estiveram errados, mas certos ao mesmo tempo. Suna não sente nada por mim após aquele beijo?
Meu coração apertou, como se estivesse sendo queimado por dentro e a minha barriga roía como se estivesse sendo comida por pequenas borboletas e tudo isso por.. ela. — Sim, amigos.
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Cake | Pentagon Kino | [CONCLUÍDA]
Fiksi PenggemarImagine se fosse um bolo. Sim, um bolo. E agora imagine que você se transformasse em um humano e tivesse duas garotas lindas disputando por você? Kino teve de se adaptar ao seu novo estilo de vida, que infelizmente não durou muito tempo. •[CONCLUÍDA...