VII- Amor fake

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Noiva??

Shayna deu-me uma cotovelada disfarçada...ela me olhava como uma criança impaciente.

-Senhor, noiva de quem?? - perguntei sem nenhuma vergonha na cara.

-Môr, papai apenas quer ouvir sim - disse Shayna encarando-me como se quisesse manipular-me.

Vieram sobre meus pensamentos a voz de Marcus e de Dona Helena.

Meu coração nunca bateu por Shayna.
Eu nem conhecia bem essa menina e com certeza ela também não...se não, saberia que eu nunca senti nada por ela.
Para Shayna eu sou apenas o capitão do clube de Futebol.

Ela nem sabe que eu amo arte...
Ela nem sabe que eu amo a natureza...
Eu nunca a vi despenteada, nunca a vi suada, nunca a vi de sapatos rasos...nunca vi ela dar um sorriso verdadeiro e involuntário, nem sei de seus defeitos.

-Senhor me desculpe, Shayna eu lamento muito...por tudo - disse levantando-me da mesa.

Eu estava meio perdido no jardim da casa de Shayna.
Senti uma mão pesada no meu ombro, virei-me e era pai de Shayna.

-Senhor - disse baixo olhando para meus sapatos.

-Vocês os jovens são tão complicados, e eu não quero que você case com minha filha amanhã, apenas quero que oficializem a vossa relação com um noivado simples...por questões de política, Shayna precisa estar noiva para cuidar dos negócios.

-Eu entendo - sussurei baixo.

-Eu confio em você rapaz - pai de Shayna segurou meu ombro esquerdo com firmeza.

Caminhamos de volta para a sala onde estávamos e ali estava Shayna.
Por mais incrível que pareça ela estava com um sorriso no rosto.

-Conta comigo senhor - estendi a mão para pai de Shayna.

Shayna levantou-se e deu-me um abraço apertado e sussurou -Você tomou a decisão certa môr.

Despedi-me do pai da Shayna e ele deu-me uma abraço batendo minhas costas.

Shayna levou-me até a saída.
Estava frio e soprava vento em nossos rostos...meu cabelo estava todo bagunçado, por ser meio comprido

-Môr, eu sou completamente apaixonada por você, minha paixão - Shayna segurou no meu rosto com as duas mãos.

Puxei-lá para perto e dei-lá um beijo suave.

Shayna insistiu que eu fosse com o  motorista dela, mas eu preferi ir a pé mesmo.

"Tri tri" meu celular vibrou.
Era Marcus.

Preferi não atender...ele me perguntaria como foi e não saberia como explicar.

Ela é simplesmente incrívelOnde histórias criam vida. Descubra agora