Yoongi, o tatuado

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Jimin

Eu estava realmente empolgado enquanto observava a paisagem que passava através da janela do táxi, naquele dia em questão Youngjae e eu havíamos desembarcado em Daegu, cidade essa em que havia dois dos ômegas que eu iria conhecer.

Estávamos agora primeiro a caminho da casa de Min Yoongi, e eu não sabia muito sobre ele, apenas que tinha uma filha e que ele morava com seu noivo, nada além disso. Youngjae apenas tinha me falado que o tal ômega tinha sido o cara que desligou nove vezes na cara dele enquanto eles conversavam no telefone.

Sendo assim, eu poderia esperar uma recepção hostil, mesmo que o Choi me dizendo que o Min não tinha negado me conhecer, mas bem, Hoseok também aceitou, e mesmo assim estava bem inseguro e receoso a minha presença, ou seja, eu poderia esperar a mesma reação.

E falando em Hoseok e sua família, havia sido realmente bom os conhecer, mesmo que eu tivesse me sentido um tanto culpado por ter negligenciado minha vida pessoal por tantos anos, me veio aquele sentimento chato de ver a realidade de uma outra pessoa e pensar que minha vida poderia estar igual se eu tivesse tomado outras decisões.

Acabei confessando a Youngjae o meu desejo de formar uma família, de me casar e construir uma nova vida com alguém, o moreno pareceu sentido quando o contei sobre isso, afinal nunca tinha tocado no assunto consigo, o que o fez se sentir meio deixado de fora dos meus planos, já que sempre contávamos tudo um para o outro.

A minha decisão de não explanar sobre aquele meu sonho era puro orgulho, pois pensando naquilo, comecei a me sentir meio fracassado quando o assunto era romance, nunca tive um namoro duradouro e muito menos encontrei uma pessoa que realmente tivesse se apaixonado por mim e eu por ela.

Youngjae mesmo já era casado, e nós dois tínhamos a mesma idade e havíamos crescido juntos, parecia que todos conseguiram subir esse degrau na vida, e eu tinha ficado para trás, mesmo que nunca tenha me arrependido de nada que fiz profissionalmente.

Acho que o gatilho para esses pensamentos foi quando Youngjae me contou que sua esposa estava grávida, um pouco antes da minha mãe chegar em minha casa me questionando mais uma vez sobre minhas escolhas de vida e o fato de ser um alfa solteirão em plenos os trinta e dois anos.

Nunca encarei o fato de estar solteiro como algo ruim, porque de fato não era, mas muitos acabavam vendo a solteirice de um alfa acima dos trinta anos de idade como um mal sinal, um aviso de que esse alfa não é bom com compromisso e relacionamentos, entretanto não é nada disso, é algo normal e todos tem o livre arbítrio para escolher o que achamos melhor para nossa vida.

E eu tinha feito a escolha de esperar o momento certo para cada coisa, porém tinha chegado naquele ponto da vida que a gente começa a pensar mais sobre o futuro, sobre a possibilidade de nunca ter descendentes ou a chance de ter vivido um grande amor na vida.

Eu acabei descobrindo que tinha sim descendentes, que não eram realmente meus filhos, mas ainda sim tinham o meu sangue e poderiam ser incluídos num testamento se eu desejasse isso, mas ainda sim não eram minha família, não entrariam em minha vida, eu apenas poderia os conhecer e saber um pouco sobre cada um, nada mais.

Mas eu ainda tinha muitos anos pela frente para encontrar uma pessoa especial e quem sabe me casar e ter filhos, ou simplesmente adotar vários cachorros e gatos para nos fazer companhia.

— Nós chegamos. — O Choi avisou assim que o táxi estacionou na frente de um pequeno sobrado.

— Ótimo! — Exclamei abrindo a porta do carro e me virando novamente para Youngjae, que nem havia se mexido de cima do banco. — Não vai descer?

In Search Of My Descendants ||ji•kook||Onde histórias criam vida. Descubra agora