Capitulo 13

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Novamente outro dia ensolarado em que Violeta me acorda aos gritos, desde o ocorrido com sua saúde a garota passara a dormir comigo e mesmo que já não estivesse mais em risco ela insistia em ficar e confesso que sua presença alegrava o meu dia.

— Bom dia, Mariah! - ela diz pulando na cama. —  Veja só que dia maravilhoso faz lá fora.

— Bom dia, Violeta. - digo sorrindo mas ainda de olhos fechados. — O dia está belo, mas poderia ficar mais um pouquinho na cama?

— Bem que Isabel me avisou. - ela murmura. — Pare de ser preguiçosa, nem abriu os olhos para ver. - esse garotinha era muito esperta e me divertia muito com ela.

— Tudo bem, você venceu. - me levanto indo em direção ao banheiro.

Após um relaxante banho de banheira, visto minha calça de couro e uma blusa fresca, o dia seria longo, mas creio que muito divertido.

— Vamos, Violeta? - a chamo.

— Vamos! - ela pula em meus braços. — Você é tão legal, Mariah. - ela me dá um beijo na bochecha.

— Você também é muito legal, menos quando me acorda. - digo com um bico a fazendo gargalhar.

Ao sair da cabana vejo que todas já estão acordadas e muito animadas, Dalila e suas amigas Amanda e Lidya estavam separadas por grupo ensinando as jovens garotas a usarem o arco, Isabel explicava sobre ervas, doenças e seus sintomas e eu estava prestes a ajudar as crianças a lerem, por isso a empolgação de Violeta, a pequena me contara que sempre adorava historias e queria ser capaz de ler e escrever uma algum dia. Quando escutei isso não poderia ficar mais feliz, tudo estava correndo bem, só esperava que as coisas para Matew e os outros estivessem do mesmo jeito.

— Bom dia, crianças. - sorrio ao ver que todas estavam brincando entre si.

— Bom dia, senhorita Mariah. - elas dizem todas juntas.

— Vocês gostam de historias? - pergunto vendo afirmarem com a cabeça. — Alguém aqui poderia me contar uma historia? - vejo Violeta levantar o braço.

— Existia uma garotinha que desejava ser forte e proteger todos seus amigos e familiares, ela queria aprender todas as formas possíveis de fazer isso, mas todos duvidavam dela e as vezes até ela mesma, as pessoas a julgavam fraca por ser uma garota e sua saúde não colaborava, sempre estava deixando sua pobre mãe preocupada, até que um dia quase foi o seu fim, mas um anjo aparecera para salva-la e mostrar a ela que devia acreditar que seu sonho era possível e mesmo que ela estivesse prestes a desistir o ato do tal anjo a fez querer lutar por esse sonho que logo se tornaria realidade. - lágrimas escorriam pelo meu rosto, Violeta estava contando de si mesma e isso havia me emocionado muito, e saber que esse tal anjo de sua historia era eu me fez ficar mais determinada ainda.

— Que bela história, Violeta, você é muito boa nisso. - digo limpando minhas lágrimas e recebo um abraço inesperado.

— Obrigada por ter me salvado. - ela diz em meu ouvido, como uma criança poderia ser assim tão sabia, totalmente pura e inspiradora, Violeta era boa demais para esse mundo.

— Então, crianças, gostaram da história? - pergunto e todos respondem novamente com um sim alto e claro. — Logo vocês não só contaram como poderão escrever suas histórias, reais ou não.

O dia estava passando rápido e a tarde já havia chegado, havia ensinado as crianças as letras e pedira que treinassem a escreve-las.

Como a aula havia acabado passei a ver o treinamento das meninas com o arco e espada.

— Então como estão? - pergunto a Dalila vendo um pequeno grupo de garotas cortando o vento com a lâmina em suas mãos.

— Está ótimo, elas estão pegando o jeito facilmente. - ela diz observando as garotas e noto que que elas tinham um pouco de dificuldade com a espada.

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