Capitulo 2

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Meus olhos se abrem com dificuldade, meu corpo doía. Parecia que havia sido pisoteado por um grupo de cavalos. Me encontro em uma cabana um tanto rústica porém muito acolhedora. Mas a dúvida me aparece, onde eu estava? O que havia acontecido? Sinto meu braço latejar e vejo que o mesmo está enfaixado.

— Ai! - digo o tocando.

— Logo irá cicatrizar - diz uma voz masculina e logo um homem forte e muito belo aparece em minha frente.

— Quem é você? Onde estou? - pergunto me afastando.

— Deveria agradecer por ter ajudado. - ele diz me olhando de cima a baixo.

— O que aconteceu ontem? Eu tive um sonho estranho, lobos gigantes e... - ele começou a rir. — O que é tão engraçado?

— Não foi um sonho - ele diz se aproximando. — Uma fera atacou você, e eu lhe salvei.

— Como pode dizer que me salvou? Olha só meu estado. - grito mostrando meu braço, as vezes conseguia ser uma garota mimada.

— Realmente, eu fui surpreendido por Edgell, mas graças a lua você está viva. - Edgell? Ele estava falando do mesmo que eu havia conhecido?

— Nicolas Edgell? - pergunto espantada.

— Ele mesmo, esse maldito foi quem te mordeu. - ele era aquela fera? Sabia que reconhecia o olhar repugnante de algum lugar.

— E por que graças a lua estou viva? Deveria dizer que foi graças a você. Aliás, obrigada!

— Não me agradeça, não foi graças a mim. Mulheres não sobrevivem a mordidas e nem a transformação, a não ser mulheres escolhidas pela lua para se tornarem companheiras de alfas. - o que ele estava dizendo? Eu devo ter batido a cabeça.

— Deve ser só um sonho, logo vou acordar. - digo rindo.

— Você já está acordada e aceite o quanto antes o seu destino e sofrerá menos. - ele diz com um olhar sarcástico.

— Eu preciso ir para a capital, vou perder minha chance de trabalhar no castelo. - digo me levantando.

— Você não pode ir embora. - ele diz se pondo a minha frente. — Se você for irá machucar alguém.

— O que está querendo dizer?

— Na lua cheia você irá se transformar pela primeira vez, perdendo sua consciência. Deseja mesmo machucar um inocente?

— Me transformar? Igual a você? - o que ele estava falando? Só poderia estar blefando.

— Exatamente, agora é o que você é, e não tem como fugir disso.

— Eu fugi para que pudesse decidir o meu futuro e agora sou obrigada novamente a fazer oque não desejo? - minha raiva só aumentava a cada instante.

— Você não tem escolha. Ou a senhorita fica ou morre.

— E quem irá me matar? O senhor? - pergunto rindo.

— Exatamente, não posso deixar que machuque um inocente.

— Você já deixou, eu era inocente e olha o que me aconteceu. - digo com lágrimas nos olhos.

— Isso iria acontecer cedo ou tarde, era seu destino desde o seu nascimento. - eu não podia acreditar em suas palavras.

— E isso pode acontecer com qualquer pessoa? Por que comigo? - digo entre soluços.

— Não é com qualquer pessoa, isso se passa de mãe para filha a cada geração. - ele diz me confundido, minha mãe não era uma criatura como eles.

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