Capitulo 1: o início

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Oi,meu nome é Fábio Salvatoni, e eu sou um policial, bem eu ainda vou ser um, hoje eu vou me tornar um policial hoje,junto com meu amigo, Carlos guerra.
Sempre foi o nosso sonho em comum. Desde quando pregavamos peças no meu tio italiano. Sim, eu sou meio italiano. Meu pai é e montou uma loja de ternos com meu tio aqui, a ternos Salvatoni.
Foi lá que conhecemos Naoki, um coroa japonês que era cliente assíduo. Ele era exatamente o tipo de policial que eu queria ser: detetive, uma verdadeira lenda tanto na polícia brasileira quanto na japonesa, além de ser um cara legal. Sempre ele nos contava histórias legais de prisões que ele fez e como conseguia resolver os problemas e nós ficamos simplesmente encantados.
E hoje ele está aqui, assistindo nossa cerimônia de posse. Mal consigo acreditar que isso é real, apenas os tapinhas no ombro que Carlos deu conseguem me trazer de volta dos meus devaneios.

Uma semana depois já estava exercendo minha função. Ainda era um policial iniciante mas sabia onde queria chegar: ser um detetive excepcional como o velho Sagashita e sei que esse também é o sonho de Carlos. Veremos quem o atingirá primeiro.

- você viu quem tá na perícia agora? - forcei um sorrisinho malicioso e apontei pra nossa esquerda.

- a Camila... Não acredito! - desviou o olhar.

O fato é que ele a amava desde criança. Lembro de quanto ela se mudou para o sobrado de frente a loja. Enquanto papai e titio tiravam as medidas de um cliente gorducho nós procurávamos um esconderijo ideal para o chapéu coco do tio Luigi. Até que os olhares dos dois se bateram.

Lembro que passou duas semanas tentando ser um cara maduro para conquistar o coração dela mas nunca teve coragem de revelar seus sentimentos pra ela.

- vai ver que isso estava destinado a acontecer. Hoje é o dia!

Como se adivinhasse, ela apareceu atrás de nós. Será que ela ouviu alguma coisa?

- oi meninos, vocês estão bem? A cerimônia de posse foi um show, não foi?

- é... Foi. - enrubeceu.

- estamos bem. Foi magnífica, principalmente o discurso da capitã Medeiros..

- hum... Vai dizer que ficou a fim da coroa?

Apenas dei um sorrisinho de nervoso. Carlos não conseguiu conter a risada e um pouco da sua vergonha sumiu.

- explica essa história direito, ein Fábio!

De repente ouvimos um chamado. Camila teria que atender uma ocorrência, para o alívio e frustração dele. Mais uma chance perdida e se continuasse vacilando, iria perde-la em definitivo.

- não fica assim, cara. Na próxima você dirá tudo. Enquanto não tem nenhuma ocorrência que tal irmos para aquele restaurante japonês novo que abriu dois quarteirões daqui.

- claro. Vamos lá! - respondeu sem ânimo.

Chegando lá nos deparamos com uma movimentação suspeita. Três japoneses carregavam um caminhão com alguns barris vindos da cozinha. Seja lá o que seja isso, com certeza não é coisa boa.

Assim que nos viram começaram a atirar e revidamos. O veículo partiu em disparada com a mercadoria enquanto rolava a troca de tiros. Sinalizei para que ele fosse e eu dava cobertura até que um deles foi atingido no peito por uma bala que eu não sei de onde foi.

Os outros correram e entraram num carro que já esperava por eles. O capanga agonizava no chão e me aproximei para socorre-lo. Vi que ele tinha um kanji no pescoço mas não consigo identificar qual seja.

Liguei para o SAMU mas já era tarde demais. Estava morto e em suas mãos havia um colar estranho.

Qual era o propósito deles?

Entre anjos e reis( Em Atualização)Onde histórias criam vida. Descubra agora