capitulo 7:poder

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Era sábado. Estava no meu último dia de folga então resolvi ajudar meu pai na loja e quem sabe descobrir algo sobre meu tio e como nos velhos tempos, Naoki aparece por lá.

- bom dia, como vocês estão?

- estamos bem, meu amigo. O que deseja dessa vez?

- quero um telno casual. Tenho um encontlo com uma mulher...

- a quanto tempo, camarada! É assim que se faz, você trabalha demais... Bem, eu tenho o terno perfeito pra você.

Foi até o armário e vasculhou entre os cabides. Um minuto depois voltou com um terno azulado.

- são tantos anos que sei quase todas as suas medidas de cabeça. Vai ficar perfeito em você.

Era azulado e com uma camisa branca clássica. Nas mangas tinham botões de uma coloração alaranjada e moderna, que tinha a mesma tonalidade dos do blazer. A calça era impecavelmente engomada e caiu muito bem no corpo do velho.

- e aí? Gostou? - perguntou papai.

- sim. É muito confoltável, vou levar esse.

Verificou para ver se estava tudo ok e pagou a tio Luigi. Precisava inventar alguma coisa para dar uma olhada nos armários.

- tio, tive a impressão de ver um terno sem alguns botões. Posso ver se encontro ele?

- deixa. Eu procuro ele pra você.

- não, pode deixar. Além disso, doutor Óscar me pediu para que mandasse uma foto dele assim que consertasse.

- ah, tudo bem...

Me dirigi até ele e mexi entre os cabides. Olhei as caixas mas não tinha nada até que toquei no fundo de uma caixa de sapatos. Era um fundo falso, provavelmente esconde algum papel. Delicadamente retirei o fundo e vi uma carta então tirei uma foto para que não desse falta dela depois. Em seguida coloquei o fundo de volta e tudo em seu devido lugar.

- achou o que queria?

- o que eu queria?... Ah, sim. Foi apenas impressão. Mandei a foto por whatsapp e tô esperando a resposta dele.

Tio Luigi apenas assentiu enquanto recebia outro cliente.

Eu lia a carta pelo celular embora algumas partes estivessem ilegíveis. Foi enviada por Tarukane, que dizia:

Estou indo pra cidade em definitivo. Preciso que espione Naoki pra mim e não há pessoa que eu confie mais essa tarefa do que você. Além disso, daqui a duas semanas uma mão do supremo passará pela cidade e você deve recepciona-lo no parque Belo monte a meia noite. ( Daí em diante eu não consegui mais ler)

Vou falar com Carlos para ver o que ele acha.

Carlos narrando

Marquei um encontro com Mônica no Palm Spring. Por obra do destino encontrei o velho com uma gatinha vinte anos mais jovem do que ele mais ou menos.

Por ele estar numa mesa próxima não pude deixar de ouvir sua conversa.

- então... Como vão seus pais?

- só vivo com minha mãe. Meu pai é biólogo e partiu pro Xingu quando eu tinha nove anos e eu não vi mais ele desde então. Soube que se casou com uma índia e tem outra filha. Voltando, passamos muitas privações porque mamãe estava desempregada mas meu tio Óscar não deixou que faltasse o que comer.

- o doutor Óscar tem um coração de oulo.

- é verdade. Ele é minha figura paterna e me inspiro muito nele... Mas vamos falar um pouco sobre você...

- Ei! Você mal tocou na comida, tá tudo bem? - diz me trazendo de volta

- claro! - sorri. - apenas estava absorto em alguns pensamentos, desculpe. Mas e aí, Mônica, me conte sobre você? Qual o seu maior sonho?

- meu sonho é me tornar design de imóveis e conseguir ajudar minha família. Eu vim do Pará com minha irmã, Mirella, pra tentar uma vida melhor aqui.

Ela tava muito gata naquele vestido roxo e aquele perfume me deixava louco.

- legal. O que sua irmã faz? Só por curiosidade.

- ela é policial. Entrou recentemente junto com você. Você deve conhece-la, Mirella Santiago o nome dela.

- infelizmente não, mas eu adoraria conhecê-la.

comi o Ceviche e abri o vinho. Pus a taça dela e em seguida a minha e pude perceber alguns sinais de interesse dela.
O encontro foi excelente e fui leva-la em casa mas o outro casal seguia o mesmo caminho.

- Irene, eu tenho algo pra lhe pedir mas não plecisa me dar uma resposta agola... Pensei muito soble isso e... Quer namolar comigo?

A mulher corou e deixou escapar um sorrisinho. Naoki percebeu que ela estava com frio e deu seu casaco que estava no carro.

- oh! Eu tenho que pensar sobre isso, não podemos nos precipitar, eu te conheci faz pouco tempo e isso tá indo muito rápido...

Ele a rouba um beijo que a deixa quase sem ar. Ela sorriu e ficou meio sem jeito.

- vou pensar em nós... Tchau! - entrou no prédio olhando pro carro.

- eu moro aqui também. Tchau Carlos, essa noite foi ótima!

- foi um prazer, Mônica. Até logo!

Entre anjos e reis( Em Atualização)Onde histórias criam vida. Descubra agora