Capitulo 3:lótus

125 9 0
                                    

Depois disso, voltei pra casa e tomei um banho. Mil pensamentos e teorias sobre o envolvimento do detetive que mais admirei com essa máfia pairavam sobre minha mente e só havia uma única opção: questiona-lo diretamente.

Que palavra deveria usar? Isso eu não sei. Talvez seja melhor apenas fazer.

No dia seguinte, mandei uma mensagem para seu whatsapp pela manhã, disse que tinha algo pra falar com ele e que se pudesse nós encontrássemos fora do batalhão, num restaurante na rua de trás na hora do almoço. Fiz assim para ter tempo de pensar a melhor maneira de faze-lo mas o relógio era impiedoso e me deixava cada vez mais inquieto.

Enfim, a hora chegou...

- você disse que tinha algo a falar, Fábio...

- sim, Naoki... Por favor sente-se...

- vão querer alguma coisa, senhores? - interrompeu acidentalmente.

- eu vou querer um almoço simples, arroz feijão e batata frita mas sem salada, por favor. E uma coca de um litro.

- e o senhor?

- vou queler o mesmo que ele.

Embora não fosse a intenção, os olhos do velho podiam ser muito intimidadora então desviei o olhar como uma criança.

- então... Onde paramos? Lembrei, ontem a noite eu vi algo que me deixou curioso... - acariciei o queixo, minha pior mania de quanto estou nervoso. - aquelas pessoas são suas amigas? Desculpe a intromissão mas eu passei por lá e acabei vendo...

Enrugar o rosto e apertar o punho contra a mesa foi sua reação e eu já esperava uma resposta... Talvez não tão agradável.

- eles são meus palentes. Aquela é minha tia Terume e... Você não pode se envolver com isso, é um osso que não pode roer. Por favor, fique longe deles!

- me desculpe mas isso eu não posso fazer. Meu tio sempre diz: um Salvatoni nunca volta atrás.

- você e seu tio são dois idiotas. - sorriu. - mas vi que não posso fazer mudar de idéia. Por mais que eu tente, não posso fugir do meu passado...

- o que quer dizer com isso?

- eu tenho algo que a máfia quer... Uma helança que minha mãe deixou pla mim. Por enquanto é tudo que eu posso dizer.

- eu estou nesse caso, Naoki, querendo ou não. Pedi pra Carlos falar com a capitã e ela permitiu.

- tudo bem...

- os pedidos de vocês. Dois almoços simples e uma coca, correto?

Assenti e o garçom serviu os pratos, se retirando em seguida. O coroa não quis me dizer mais nada a respeito mas ele sabe muito.

Mas pra quê ele quer aquele colar? Haveria alguma simbologia envolvendo ele? Ou seria apenas paranóia minha? Acho melhor não perguntar agora.

Entre anjos e reis( Em Atualização)Onde histórias criam vida. Descubra agora