8. Você não quer entrar nessa

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Conto com vocês para chegarmos aos 20K de CTAPDMC e como comemoração, vou lançar um capítulo bônus de "Com amor, Aurora" <3 

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I can't drown my demons, they know how to swim...*

can you feel my heart? - BMTH

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Sol, agora.

  Passo a palma da mão sobre a calça escura, limpando o suor. Abro a caixa de remédios e tomo algo que faça meu estômago parar de doer.
   É sempre assim.
   Meu corpo reage instantaneamente toda vez que lembra que a lista é real. Que estar presa aqui é real. Que minhas mãos estão cada vez mais sujas. Que eu não sei mais quem eu sou.
 
  São em momentos como esse que necessito das palavras de minha mãe.
   É por isso que desço do meu quarto e vou até a árvore.

   Minhas mãos cavam a terra. Ainda é cedo e eu não dormi desde que cheguei da cidade.  Bob saiu assim que cheguei, já sondando o terreno para executar algum plano, então é seguro desenterrar a caixinha metálica. É seguro desenterrar o passado.

  Entro em meu quarto e vou para o banheiro lavar as mãos. Feito isso, toco o metal frio e abro, deparando- me com um punhado de dinheiro e um papel antigo.
  Pego a carta que li todas as outras vezes que estive perto demais de desistir de mim mesma. A carta que diz meu nome, diz sobre minha mãe e meu avô, conta sobre meu pai e sobre a doença que tirara minha mãe de mim. Foi a primeira carta que ela escreveu.
 
  Passo meus olhos sobre o papel envelhecido pelo tempo e já amassado, de tanto que eu o pressiono contra mim, como se pudesse colocar todas aquelas palavras dentro do meu coração. Há algumas outras cartas que ficaram na casa de Noah, dentro da gaveta da escrivania do meu quarto, duas ainda lacradas: uma carta de despedida que eu nunca li e uma outra endereçada à pessoa para qual eu decidisse entregar meu coração, essa chega a ser cômica... Se minha mãe ao menos soubesse o que eu me tornei...Se algum dia alguém quiser meu coração, vai ter que juntar os pedaços.

  Tinha uma carta para Noah também. Dizia "à pessoa que tem o privilégio que eu não tive." Entreguei a ele assim que soube o que aquelas palavras queriam dizer. Minha mãe parecia ser uma pessoa muito poética.

Com todas as partes do meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora