34. "Never in a milion years"

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"Olá Violetta,

Mana, chega não achas? Não chega já de marcares o teu corpo? Não chega já de sofreres desnecessariamente? Não achas que já devias ter esquecido um pouco o Leon?

Chega de te marcares, isso é muito pior Violetta, porque quando olhas para esses cortes vais sempre lembra-te dele.

Achas que o Leon gostaria de saber que tu fazes isso? Ele quer que sigas em frente, e que encontres outro homem para seres feliz, é isso que ele quer, é que tu sejas feliz. Ele vai estar sempre ao teu lado para te ajudar. Mas tens que te mentalizar que ele nunca mais vai voltar. Ele pertence a outro mundo agora Violetta. E tu só tens que aceitar isso.

Eu sei que tu estás revoltada com esta m#rda toda, eu sei que tu estás revoltada com a vida porque foi traiçoeira contigo, porque ela te levou para outro mundo a pessoa que mais amavas neste mundo. Mas tens que perceber que o Leon foi um verdadeiro guerreiro, ele lutou com tudo o que tinha, com todas as suas forças para te fazer feliz nos últimos tempos da sua vida, ele queria morrer feliz, e morreu feliz, tenho a certeza que sim, porque ele morreu com um sorriso teu.

Deves pensar que eu estou a ser muito fria contigo, mas não estou, simplesmente quero que tu sigas em frente mana e podes ter a certeza que neste momento eu sou a pessoa que mais te ama neste mundo e a pessoa que está mais preocupada contigo neste momento. Portanto quero que procures ajuda médica, fala com um psicólogo, ele melhor do que ninguém vai ajudar-te a ultrapassar esta fase da tua vida.

Mana por favor, reage, já passaram 6 anos, a vida continua, com Leon ou SEM Leon, e neste caso é sem Leon, tens que ser forte e mostrar o melhor de ti a todos, tens que mostrar aquilo que o pai sempre quis que nós fossemos, mulheres com garra para enfrentar tudo e todos, e derrubar todos os obstáculos que a senhora vida criou para nós.

Força maninha, e vou tentar visitar-te em breve, amo-te muito, beijinhos da tua Tini"

Dobrei o papel e meti dentro de um envelope. Desci com ele na mão, encontrei Jorge na sala e Ruggero e Mercedes na cozinha. Aproximei-me de Jorge e perguntei-lhe baixinho se queria ler a carta e ele disse que era melhor ficar apenas entre mim e a minha irmã.

Ruggero: Vou sair, venho já - ele exclamou alto

Martina: Espera, será que podias deixar isto no correio? - perguntei entregando-lhe a carta

Ruggero: Claro que sim Tini, até logo - ele despediu-se

Martina: Mechi queres ajuda para o almoço? - perguntei

Mercedes: Não, descansa Martina, bem precisas

Martina: Ok, obrigada, sendo assim eu e o Jorge vamos lá para cima - disse segurando a mão do Jorge e encaminhando-o atrás de mim

Chegamos ao quarto, Jorge tirou a sua camisa ficando em tronco nu, sentamos-nos os dois no sofá encarnado que eu tinha no quarto. Jorge encostou-se e depois puxou-me para ele e as minhas costas embateram no seu peito enquanto ele colocou os seus braços em redor da minha barriga.

Jorge: Como estás?

Martina: Mal, mas isto vai passar

Jorge: Claro que vai, e lembra-te que eu estou sempre aqui para o que precisares - ele sussurrou contra o meu pescoço

Martina: Nunca me vais deixar?

Jorge: Never in a milion years

Martina: Te amo tanto crominho

Jorge: Eu também te amo muito pequena

Mon Sauveur || JORTINI || CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora