36. "Não mandas em mim"

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No dia seguinte...
Bem, o jantar estava a correr muito bem, exceto a parte em que Jorge estava sempre a roubar-me as batatas, já me estava a passar com ele. Neste momento estava distraída nos meus pensamentos até que reparo no Jorge de novo a roubar-me batatas fritas.

Martina: Chega Jorge - disse séria e mandando-lhe uma "chapada" no braço

Jorge: Eu tenho fome - ele disse

Martina: Se tens fome, vais ali - disse apontando para o "mini restaurante" - E compras mais, não vais estar a roubar as batatas do prato dos outros, isso não é nada higiénico. E além disso eu também tenho fome. Portanto se tens assim tanta fome, levantas esse rabo (bunda) pesado e vais buscar mais.

Jorge: Ok, ok, já percebi - disse rindo e a Mechi e o Rugg juntaram-se a ele rindo também. E eu não consegui manter a minha postura séria e acabei por me rir também

O resto do jantar foi normal, o Jorge acabou por ir mesmo comprar mais batatas, ele muito gosta de comida, às vezes chego a duvidar, se ele gosta mais de mim ou da comida.

Eu e a Mercedes tínhamos acabado de jantar, enquanto o Ruggero e o Jorge continuavam a devorar comida.

Mercedes: Martina, nós podíamos ir fazer umas compras rápidas enquanto estes animais acabam de comer - ela disse encarando-me

Ruggero: Animal? - disse fingindo-se ofendido

Mercedes: Sim animais - disse séria

Eu e o Jorge estavamos a ir como dois loucos.

Martina: Vamos lá fazer compras - disse levantando-me

Jorge: Não vais nada. Eu sei que se tu fores às compras nunca mais vamos sair daqui hoje 

Martina: Jorge não exageres, nós não vamos demorar muito ok? Meia hora

Jorge: Está a contar - disse olhando para o relógio

Eu e a Mercedes começamos a afastar-nos deles. Mercedes logo me levou para o interior de uma loja, ou melhor, para o interior da loja de roupa que ela mais gosta.

Ok. Já tinham passado cerca de 50 minutos desde que tínhamos entrado, os garotos já tinham ligado várias vezes mas nem eu, nem a Mercedes atendemos. A Mechi tinha escolhido várias peças para comprar. Eu apenas um vestido simples branco e um blusão de ganga. Fomos pagar e dirigimos-nos à saída da loja, onde avistamos mesmo á porta o Jorge e o Ruggero

Jorge: Já passou uma hora, tu disses-te que era só meia hora 

Martina: Sim eu disse, mas não importa

Ruggero: E vocês não sabiam atender os telemóveis?

Mercedes: Estávamos ocupadas, e se atendesse-mos íamos perder mais tempo ainda

Jorge: Ok, vamos mas é embora para casa, que eu hoje estou muito cansado

Martina: Oh, pensei que podíamos ir a uma discoteca (balada) hoje - disse a brincar 

Jorge: O quê? Estás a brincar? Só pode. Depois de uma hora à vossa espera, nós vamos mas é todos para casa. e não se fala mais nisso.

Martina: Desculpa? - disse ironicamente - Se eu quisesse ir para uma discoteca (balada) eu ia. Não mandas em mim. Mas por acaso não vou porque não me apetece mesmo, porque se assim não fosse podias ter a certeza que eu ia - disse furiosa

Amarrei nos sacos e dirigi-me ao parque de estacionamento. O Jorge por vezes pode ser a melhor pessoa do mundo, mas por outras vezes consegue ser a pessoa mais irritante deste mundo.

Ele gosta muito de poder ter o controlo de tudo e de todos, só que ele não manda em mim, eu sou maior e vacinada, ele é meu namorado e não meu dono. Gosta que eu obedeça a todas as suas ordens, só que isto não vai ser assim. Se quer alguém para mandar, acho que veio procurar ao sitio errado.

Depressa ouvi o barulho de uns ténis a caminhar apressadamente atrás de mim. Sinto um leve puxão de braço, o que me faz rodar sobre os calcanhares, encarando o Jorge.

Mon Sauveur || JORTINI || CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora