Mon Sauveur || JORTINI || CONCLUÍDA

32. "Tenho medo do conteúdo desta carta"

Ele canta mesmo bem pah...sabe tão bem acordar com a voz dele.

Martina: Cantas tão bem Jorge - disse continuando com os olhos fechados 

Jorge: Mas olha que só canto para ti, portanto devias sentir-te privilegiada

Martina: Porque não cantas para mais ninguém Jorge?

Jorge: Porque não quero 

Martina: Mas tu tens uma voz maravilhosa - disse abrindo os olhos e encarando-o - Devias mostra-la ao mundo

Jorge: Não gosto que me oiçam a cantar

Martina: Porquê Jorge?

Jorge: Porque tenho vergonha das pessoas. Tenho medo que no momento em que estiver a cantar toda a gente comece a dizer que eu canto mal e que sou uma aberração, e que estou a estragar a música e cenas assim parecidas

Martina: Jorge mas... - interrompeu-me

Jorge: Martina, por favor respeita a minha decisão

Martina: Ok Jorge, tu é que sabes, só acho que é um talento desperdiçado

Jorge: Ohh

Martina: Podes pelo menos cantar mais um pouco para mim?

Jorge: Para ti posso - disse a sorrir e eu sorri também

Deitei a cabeça no peito dele enquanto ele passava as mãos nos meus cabelos e cantava, e encantava o meu coração, por um lado era ótimo saber que ele só cantava para mim, e para mais ninguém. Estava mergulhada nos meus pensamentos até que alguém os interrompe batendo à porta.

XXX: Posso entrar?

Martina: Claro Mechi

Mercedes: Chegou isto para ti - disse e Mercedes entregou-me uma carta

Martina: De quem é?

Mercedes: Não sei, mas vem dos EUA, portanto deve ser da tua irmã

Martina: Ok, obrigada Mechi

Mercedes: De nada - disse retirando-se do quarto

Jorge: É da tua irmã? - perguntou baixinho

Martina: Parece que sim - suspirei - Nós já não falamos à muito tempo, tenho medo do conteúdo desta carta

Jorge: Se não leres, não vais saber - disse - Queres que eu saia? - perguntou baixo

Martina: Não - disse encarando-o - Mas fica calado por favor

Jorge: Claro, e Martina, lembra-te sempre de uma coisa, eu estou aqui para tudo, para se quiseres chorar, gritar, para se quiseres fazer um pouco de tudo - disse segurando o meu queixo e juntando os nosso lábios

Levantou-se e sentou-se no pequeno sofá encarnado existente no quarto, enquanto que eu me sentei na cama. Coloquei uma almofada no meu colo, e pousei a carta em cima da mesma.

Suspirei antes de abrir e comecei a ler.