Aquilo não estava acontecendo... Não de novo! Rise continuava com seus pesadelos de todas as noites. Ela sonhara com o dia em que ganhou suas vergonhosas cicatrizes, assim como sonhara com isso na noite passada e na anterior.
Acordar no meio da madrugada já era um habito para a garota, então ela seguiu o caminho até a cozinha de sua casa e pegou um copo d'água para acalmar seus nervos. Ultimamente, ficava apavorada por qualquer acontecimento e, não parecendo o bastante, a menina quase enfartou ao ouvir, no meio de uma madrugada chuvosa, a porta de sua casa sendo batida com grande desespero.
Seu pai, agora acordado, já estava se preparando para matar a pessoa que o fez perder seu sono quando, por uma brincadeira de péssimo gosto do destino, abriu a velha porta de madeira e viu uma pequena garota encharcada e tremendo de frio como se estivesse com alguma doença.
Rise quis gritar para seu pai não deixar a garota entrar, mas era tarde demais. Logo, todos se viram comovidos pela menininha com algum tipo de doença e, surpresos pois o pai a deixara ficar por uma noite. Era Elle, a que Rise e Nic encontraram naquele dia mais cedo. Aquela que seu pai mandara chamar para um jantar e ela não o fez. Aquela que Rise estava com medo que viesse à sua casa justamente por causa de seu pai. Medo.
Elle dormiria em seu quarto e Rise teria que achar um lugar confortável. Não se importava, não mais. Nem ficou surpresa quando sua mãe apenas a lançou um pequeno sorriso e um olhar que conhecia bem: não poderia contestar seu pai. A garota acabou adormecendo perto da lareira, onde poderia se aquecer naquela quase manhã cinzenta.
-- Rise?- duas vozes chegaram ao ouvido bom dela.
A menina então acordou e levantou a cabeça para ver Nic e Elle parados a olhando.
-- Voltem a dormir. Nic, se nosso pai descobrir que está acordado, e ainda mais com Elle, só Deus sabe o que pode fazer.- Rise, que se encontrava irritada por essa atitude infantil de seu irmão, mas, não podia culpá-lo, afinal, ele era apenas uma criança. Assim como ela mesma.
Elle se deitou ao seu lado sendo seguida por Nic. Rise não entendeu essa atitude, porém não contestou. Talvez não quisesse ficar sozinha. Não hoje. E, talvez nesse momento, nesse momento que Rise gostou da ação deles, ela deveria tê-los parado. E não parou. Não a tempo.
Elle ficaria ali, com eles. Com todos eles. Talvez, para sempre.
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Próximo capítulo será maior kkkk. Prometo!!
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Beijos da Anna.
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Chess- A vida é um jogo
Mystery / Thriller"Você é apenas um peão, não pode ganhar o jogo." "Sabe o que dizem sobre peões. Eles podem virar rainhas." Depois que um crime é cometido, tudo o que Rise quer é o perdão de seu irmão. Envolvida em uma teia de mentiras que não parece ter fim, ela f...