*Kimberly Pov's.
Música...
Essa simples palavra define minha vida, ou pelo menos grande parte dela..- Kin, você sabe que todos estão apostando nesse show - minha mãe dizia enquanto tomávamos café da manhã - Sabe que não só a gravadora mais toda nossa família.
- Eu sei mãe - respondi automaticamente - E já disse que farei o meu melhor, como sempre.
- Eu sei que sim querida, mas não aceito falhas, nem seu pai.
Essa era pior parte, ser a filha perfeita, exemplar, era com isso que tinha de lidar todo o dia e apesar dos meu vinte anos eu ainda os obedecia, digamos que quando se é da alta sociedade não se pode desmantelar.
- Sei disso mãe, e já falei...Vou fazer esse show.
- Ótimo - respondeu e logo voltou a tomar seu café.
Bom..Acho que esqueci de me apresentar, meu nome é Kimberley Rey, ou somente Kin, sou cantora mais tenho poucas músicas então faço bastante covers, tenho alguns milhares de fãs porém, não o suficiente para ser perseguida nas ruas como acontece com muitos.
Hoje faria um show em Nova Iorque, era apenas uma abertura de eventos mais apesar disso eu estava ansiosa, sempre gostei do palco e esse fora um dos maiores problemas no início.
No começo minha família não aceitava minha decisão de ser dançarina, eles queriam que eu fosse médica, advogada ou qualquer outra coisa "digna" do alto escalão social, mais então me recusei, eles não iam me deserdar ou algo tipo, pegaria muito mal. Então já que não pude ser dançarina eles me colocaram no ramo da música, isso era mais digno do que ser uma dançarina pra eles.
Com dezessete anos fiz um breve curso de música e me aprofundei no violão e piano, minha voz não era ruim, minha maior dificuldade era atingir notas agudas de mais como existem nas músicas de Sia por exemplo.
Levantei e fui até meu quarto, ele era decorado com posters de cantores, fotos de instrumentos, algumas minhas, havia um mural de fotos, mais poucas preenchiam os espaços.
Peguei minhas coisas e os coloquei dentro da mala, após o show de Nova Iorque iríamos para uma cidade de interior com pouco mais de cinco mil habitantes, era um show simples em um lugar acústico.
- Kin seu motorista já chegou - minha mãe entrou em meu quarto após dizer isso.
- Já estou indo - falei e coloquei a mala sob os ombros.
- Vem cá - ela disse e me puxou para um abraço apertado - Não nos desaponte Kimberly Reynonds!
- Sim senhora - falei e logo sai, passei pelo escritório de meu pai mais nem dei ao trabalho de me despedir, ele não fazia tanta questão e eu muito menos.
Segui até o carro enquanto minha mãe ficou na porta parada observando, assim que entrei acenei pra ela que logo retribuiu com um sorriso. O carro partiu e logo estávamos na estrada, NY fica a cerca de cinco horas daqui então não quis ir de avião, não era tão orgulhosa para fazer isso, gostava da simplicidade. Coloquei meus fones e logo encostei minha cabeça no vidro adormecendo...
- Chegamos senhorita - acordei com Fred meu motorista me chamando.
- Obrigada - sorri e logo desci do carro, já se passava da uma da tarde quando paramos em frente ao hotel.
Peguei minha mala enquanto Fred estacionava o carro, segui para dentro do local, era luxuoso de mais, logo na entrada havia uma bancada no qual uma mulher e um homem estavam sentados atrás, logo abaixo se liga a palavra "recepção" em letras douradas, acima um grande lustre era disposto o que dava uma cor a mais nas paredes de marfim.
- Olá - disse a mulher gentilmente - Em que posso ajudá-la?
- Tenho uma reserva feita no nome de Kimberly Reynonds - falei e logo a moça digitou algo no computador.
- Certo - respondeu pegando uma chave - Você ficará no quarto seiscentos e três, cobertura sete, os serviços de quarto estão disponíveis, a hora do almoço vai até às duas.
- Okay obrigada - falei e logo fui até o elevador apertando o botão de subida.
Assim que cheguei ao quarto retirei minhas roupas e vesti algo mais despojado, o show era só as sete e meia da noite o que me dava tempo de dormir e descansar um pouco.
...
Cheguei ao lugar marcado e logo fui levada ao camarim, fizeram minha maquiagem e logo me deram o figurino que não mais era do que uma calça skinny e uma blusa social solta, meu cabelo pendia até perto do meio das costas em ondas do meio para baixo, minha pele clara estava coberta por uma fina camada de base e maquiagem, enquanto um risco preto feito com lápis enfeitava abaixo de meus olhos cor mel escuro.
- Kin você entra em dez minutos - minha acessora Mary disse.
- Já estou indo - peguei meu violão e a segui pelo corredor.
Já dava pra ouvir os gritos das pessoas lá fora, era um show beneficente que contava com cerca de dez mil pessoas no mínimo, todo o dinheiro arrecadado iria para instituições de caridade.
Ouvi meu nome ser chamado e logo entrei no palco, luzes se faziam presentes no ar produzidas pelos tubos contendo néon, o palco ficava a uma altura considerável do público o que deixava as luzes mais altas. Caminhei até o centro e me posicionei, dei sinal para a banda e logo a introdução de uma de minhas músicas começou a soar, gritos foram ouvidos enquanto um coro cantava comigo, era a melhor parte de todo o show, saber que as pessoas gostavam do que ouvia era mais do que gratificante.
Segui o repertório no qual havia apenas três músicas e finalizei com um cover da Taylor Swift, eu amava as músicas dela então sempre havia alguma em minha playlist.
Sai do palco após agradecer e logo ele foi tomado por um apresentador que anunciou a entrada de outro cantor fazendo a multidão vibrar.
Caminhei até meu camarim e peguei minhas coisas, Mary veio até mim me parabenizando pelo show e logo caminhamos pelos corredores saindo do local. Meu motorista já me aguardava, entramos no carro e seguimos de volta ao hotel, assim que chegamos cada uma foi para seu quarto e logo pedi algo leve para comer.
Já se passavam das onze da noite quando finalmente o sono começou a surgir, as três da madrugada iríamos pegar um avião para a tal cidade do interior e eu precisava estar no mínimo disposta para conseguir chegar ao aeroporto, coisa que não era fácil.
Pensei em coisas boas, melodias e notas suaves de piano, sinfonias de orquestras, isso sempre me acalmava e me deixava leve o que contribuiu para que logo pegasse de vez no sono, amanhã seria um novo dia e algo me diz que não seria normal.
" Então você coloca tudo o que tem no que faz
Na esperança de que um dia talvez você não tenha que se sentir vazio
Mas a medida que você envelhece
Um grande peso em seus ombros vai ficando pesado, então você olha para trás
E você começa a se arrepender de coisas
Você só tem uma vida
E toda vez que você olha para a sua
Você sente que tudo o que tem é um desperdício!
E o problema e o motivo que você nunca pôde preencher um buraco na sua vida
É porque você nunca esteve acordado"
- Wake Up - NF.Primeiro capítulo saindoo.
Só queria dizer que os capítulos teram nomes de músicas, esse do NF é um rapper que eu super amo.
Espero que tenham gostado e não esqueçam da estrelinha.
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Margaritas com Bolhas de Sabão
Random"A vida é como estar presa no tempo, em um constante medo de palco, sem nunca saber qual será a próxima cena que terei de encenar". ... Margaritas com Bolhas de sabão nada mais é do que uma história onde a pressão familiar é presente, a música se fa...