In my blood - Shawn

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*Maia Pov's

Vida...
Isso é o que mais eu tento dar valor.
Momentos..
Eu capturo com minha câmera Canon, os mais simples são os meus preferidos.
Amor...
É a palavra que mais define o que sinto.
Esperança.
É isso que eu tenho, é disso que preciso agora.

- Está pronta Maia? - perguntou o Médico.

- Sim - menti, isso não estava sendo fácil, descobrir que provavelmente estava com um doença degenerativa nunca era fácil.

O médico abriu o resultado sem rodeios e logo o famoso "sinto muito" veio a tona, era real, ouvir aquilo me abalou porém me mantive forte em frente a ele até que fui liberada.

Sai do hospital e fui em direção ao estacionamento, peguei minha moto e fui até uma praça que havia perto de casa, sentei embaixo de uma das árvores e observei tudo a minha volta, tirei minha câmera de bolso e fiz algumas fotos do ambiente calmo.

Fotos...Eu amava fazer fotos de tudo, era meu robby, não era fotógrafa profissional mais era contratada para fazer fotos de eventos o que me deixou um tanto conhecida na região e digamos que para alguem de dezenove anos isso é ótimo!.

Levantei e andei pelo lugar ainda tirando fotos até que capturei uma garota segurando um violão sentada embaixo de uma árvore não muito longe dali, observei a fotografia e logo reconheci a garota.

- Oi Kin Rey - falei assim que cheguei perto dela.

Ela segurava seu violão enquanto partituras estavam esparramadas pela grama.

- Oi...Maia não é?- perguntou um pouco confusa, já fazia quase uma semana desde o encontro em cima do prédio.

- Isso mesmo! Achei que já tivesse ido embora - falei e ela sorriu de lado dando de ombros

- Não deu...Meus Shows acabaram e meu vôo atrasou, resolvi ficar mais um pouco por aqui - respondeu e logo apontou para seu lado - Senta ai.

Me sentei enquanto ela arrumava suas folhas.

- Estava tocando o que? - perguntei.

- Uma música do Shawn Mendes, conhece?

- Já ouvi falar mais não ouço as músicas dele.

- Eu gosto das músicas, gosto de cantar coisas que retratem meus momentos.

- E qual seria a música do seu momento agora?

- Bom...Não é uma música só desse momento, mais de tudo o que já aconteceu comigo, ela se chama: in my blood. Quer ouvir?

Acenei em positivo e logo ela colocou um contraposte no violão e verificou a partitura dando início a um dedilhado simples.

"Help me (Me ajude)
It's like the walls are caving in
( É como se as paredes estivessem desmoronando)
Sometimes I feel like giving up (As vezes , sinto vontade de desistir)
But I just can't ( Mais eu não posso)
It isn't in my blood
( Não está no meu sangue)

Sua voz era doce e grave, ela fechou os olhos enquanto cantava, dava pra ver que ela sentia a música.

Laying on the bathroom floor, feeling nothing (Deitado no chão do banheiro, sem sentir nada)
I'm overwhelmed and insecure, give me something
(Eu estou sobrecarregado e inseguro, me dê algo)
I could take to ease my mind slowly
(Que eu poderia tomar para relaxar minha mente lentamente)
Just have a drink and you'll feel better...

Por incrível que pareça essa música definia o que eu estava passando agora, era engraçado ver o quao as coisas aconteciam.

Help me (Ajude me)
It's like the walls are caving in
(É como se as paredes estivessem desmoronando)
Sometimes I feel like giving up ( As vezes sinto vontade de desistir)
No medicine is strong enough ( Nenhum remédio é forte o suficiente).

Imagino todo o tipo de coisa, eu realmente não tenho cura, mais e ela? O que ela passou pra deixar que essa música definisse seu momento?

Ela continuou cantando até que o último trecho se finalizou, abriu os olhos e pude ver que seu olhar estava perdido. Ela balançou a cabeça levemente e logo me encarou.

- Então?... O que acha?

- É uma ótima música! - falei sorrindo de lado.

- Concordo, as músicas dele são ótimas!

- Sua voz também é boa - falei, afinal foi a primeira vez que a ouvi cantar.

- Acho que fico agradecida - ela disse e começou a juntar suas partitura.

- Te atrapalhei?

- Não! Magina! - ela fez uma pausa e colocou suas partituras dentro da pasta.- Eu já tinha acabado mesmo! Mas....E você? - perguntou olhando para minha câmera - O que faz?

- Estava fotografando quando te vi.

- É fotógrafa?

- Não! Quer dizer...Não profissionalmente, só faço por hobby mesmo.

- Que legal! Já pensei em fazer fotografia mas não tenho esse dom.

- Duvido! Você tem experiência na arte, canta e toca! Só deve haver falta de habilidade.

- Pode ser - disse se levantando - Vou ficar por aqui uns dias, que tal me ajudar com isso?

- Pode ser - falei e me levantei.

- Então.. Combinado! - ela colocou a mão no bolso da calça e tirou um cartão - Meu número tá aí, me manda mensagem ok?

- Tudo bem - respondi e logo ela me deu um meio abraço e seguiu até um carro que estava estacionado ali perto.

Guardei o papel no bolso e voltei a tirar algumas fotos, elas faria parte de uma exposição que eu faria mês que vem, seria em Londres e eu estava mega animada.

Depois de algumas horas fui pra casa e assim que cheguei logo tratei de tomar um belo banho, desci e fiz algo não muito pesado e coloquei meu celular no carregador. Me sentia cansada então apenas deitei no sofá e liguei a televisão, passava algum programa no Discovery, não prestei muita atenção pois logo adormeci.

Margaritas com Bolhas de SabãoOnde histórias criam vida. Descubra agora