8 Letters

In Too Deep, parte 1

                                               Sexta feira. 21:30.

Tirei minha jaqueta, a jogando em uma poltrona. Eu havia acabado de chegar em casa depois de um jantar na casa da Amy. Ainda nervoso pela conversa que tinha tido com seu pai, eu só precisava da minha cama.

Subi para meu quarto na esperança de dormir e só acordar no final do dia de amanhã.

— O que diabos estão fazendo aqui? — perguntei assim que abri a porta, dando de cara com quatro desocupados jogados na minha cama.

— Festa do pijama! — Jack começou a pular na cama.

— Ninguém me avisou de nenhuma festa do pijama e muito menos que seria na minha casa.

— Corbyn, era pra você ter avisado, cara — disse Daniel.

— Oh, é verdade. — Riu. — Espere.

Senti meu celular vibrando no bolso e o peguei, pensando em ser alguma mensagem de Amy, mas era apenas uma mensagem de Corbyn avisando que iriam fazer uma festa do pijama na minha casa.

Revirei os olhos pela idiotice.

— Por mais divertido que isso pareça ser, — falei num tom sarcástico — eu estou cansado demais.

— A Amy te cansou, foi? — Zach soltou um sorriso malicioso, rindo em seguida.

— Olha o respeito com a minha namorada, garoto! — Joguei um travesseiro nele, logo sendo bombardeados por olhares em cima de mim. — Estão me olhando assim por que?

— Namorada?! Você pediu a Amy em namoro?

— Pedi. — Sentei na cama, pegando um pacote de salgadinho. — Tava num jantar na casa dela.

— E você pediu oficialmente? Tipo, com o consentimento dos pais e tudo mais? — perguntou Daniel.

— Sim, eu segui o "protocolo". Conversei com o pai dela e estamos oficialmente juntos.

— Finalmente! Você enrolou a garota esse tempo todo.

— Eu não enrolei, eu apenas não estava pronto, ok?

— A gente sabe que não deu certo da última vez, mas a Amy é diferente dela.

— É, eu sei.

Meu último relacionamento não tinha ido bem, e isso fez com que eu pegasse um "trauma" de relacionamentos, mas Amy era diferente. Ela sempre foi diferente.

— Eu vou tomar um banho, vê se não baguncem mais meu quarto, por favor.

— Relaxa aí, mano. Tá em nossas mãos está nas mãos de Deus.

— É, com toda certeza. — Ri saindo do quarto.

Terminei meu banho e fui direto pro quarto, rezando para que eles já estivessem dormindo. Eu não estava nem um pouco a fim de curtir uma festa do pijama há tal hora.

— Abriram as portas do zoológico, foi? — Ri ao ver os quatro vestidos com pijamas de bichinho.

Zach estava vestido de gatinho. Corbyn de coelho. Jack de panda. E Daniel de zebra.

Zebra?! Meu Deus...

— Você é hilário, há há — disse Corbyn rindo ironicamente, e em seguida me entregou um pijama de unicórnio. — Veste.

— O que? — Ri. — Eu não vou vestir isso.

— Vai sim, anda.

Revirei os olhos e me dei por vencido, vestindo o pijama por cima do que eu já usava.