8 Letters

In Too Deep, parte 2

                                                      Sábado. 11:19.

— Você roubou! — gritou Daniel, se jogando contra Corbyn. Os dois caíram no chão e começaram a rolar pelo tapete.

— Meu Deus — falou Amy, observando a cena. — É só Banco Imobiliário, calma.

Revirei os olhos, indo até os dois e os separando, segurando cada um pela gola da camisa.

— Ta bom crianças, sem briga — falei.
Zach e Jack apenas riram, as mãos ágeis passando pelo dinheiro do Daniel.

— Ei! — Apontei para os dois. — Parem de roubar.

— Ele roubou de mim primeiro! — se defendeu Jack, apontando para o Daniel.

— Ai meu Deus... — resmunguei, saindo da sala e indo para a cozinha.

Abri a geladeira, pegando as coisas para fazer os sanduíches e as colocando sobre a bancada. Fui até a pia, lavando as mãos e pegando as facas e os pratos. Voltei para a bancada, começando a arrumar as coisas.

— Hey... — disse Amy, me abraçando por atrás e beijando minhas costas.

— Ei — respondi, virando o rosto e lhe dando um selinho.

— Quer ajuda? — perguntou.

— Opa eu ajudo — disse Zach, chegando na cozinha e roubando um pedaço de queijo.

— Ei! — falamos eu e Amy juntos, dando um tapa na mão dele.

— Credo... — choramingou e saiu da cozinha.

Amy riu e foi atrás dele.

Terminei os sanduíches e os levei para a sala.

— E ai, já acalmaram o cu?

Corbyn me mostrou o dedo do meio e tomou o prato com sanduíches da minha mão.

— Fominha... — falei e atravessei o tabuleiro, me sentando nas almofadas no chão.

Me encostei na parede e Amy veio até mim, se sentando ao meu lado. Passei o braço por seu ombro, e ela encaixou o corpo contra a lateral do meu.

Como eu tinha perdido a ultima rodada do jogo estava fora dessa, então apenas os observei jogando e Zach roubando o dinheiro dos outros.

Peguei meu celular, mexendo no Instagram.

— Stalker — falou Amy, vendo que eu estava no perfil dela.

Soltei uma risada.

— Ah, o amor é lindo... — suspirou Daniel.
Neguei com a cabeça, rindo do comentário dele.

Amy se esticou para pegar seu celular, e quando fez isso sua blusa levantou, exibindo sua cintura. Eu não teria olhado se o roxo em sua pele não tivesse me chamado atenção. Dava pra ver claramente as marcas de dedos em sua cintura, marcas roxas.

Meu Deus. Eu tinha feito aquilo?

Levantei um pouco mais sua blusa, vendo o roxo completo.

Meu Deus.

— Ei... — sussurrou Amy, puxando a blusa para baixo.

— Isso é de ontem? — perguntei. Ela não me respondeu. — Você tem que me avisar quando eu to te machucando.

— Mas você não tava — falou, passando a mão pelo meu rosto.

— Amy, — abaixei a voz, não querendo que os meninos ouvissem — tem as marcas do meu dedo na sua cintura. Você sabe a força necessária para deixar uma marca assim? Não é pequena.