Notas iniciais: Prontas para descobrir o segredo da Julinha?
Então, bora lá!
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A maior mágica da vida é que ela segue adiante. Não importa em quantos pedaços o seu coração foi quebrado, os dias continuam a passar, ininterruptos, e a única opção que resta no final é viver.
No fim das contas, todos os dias é o fim de algum mundo. E se eu fosse realmente contar, o meu mundo já acabou duas vezes e eu sobrevivi. É como dizia a música "São tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora, mas ainda sei me virar".
E foi me virando que eu consegui não me "afogar" no meu oceano "particular". A vantagem em ser veterana em "perder tudo" é que da segunda vez você consegue se reerguer mais rápido...
Dias e noites... Acordar, trabalhar, comer, dormir... A rotina é uma importante aliada na hora de superar a dor. E a dor de perder o Luan e ainda brigar com ele foi forte demais para mim. Se fechasse os olhos por mais de um instante eu ainda conseguia ver a sua expressão de sofrimento me encarando, o jeito como ele quase implorou pela verdade, a forma como me mandou embora...
Nós dois chegamos naquela noite em um beco sem saída. Contar poderia magoá-lo profundamente. Não contar também... A única solução era deixá-lo, permitir que ele seguisse em frente, sem mim.
Soltei o ar pesadamente e olhei pela janela do ônibus. Eu estava acompanhando a Thaeme em um dos seus shows, em uma tentativa frustrada dela e da Bruninha de tentar me animar um pouco. Eu não sabia quantos dias tinham se passado desde a minha briga com o Lú, mas o meu coração ainda sangrava, ferido.
Olhei em volta. Dentro do veículo o pessoal da banda e os dois cantores, a Thá e o Thiago, se divertiam juntos, cantando uma música de ninguém mais, ninguém menos, que do Luan. O clima era de diversão e de descontração e não combinava em nada com a minha "cara de poucos amigos", amuada em canto, sentada em um dos bancos.
"Sua consciência não vai te deixar dormir,
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar, pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amorMas se mesmo assim, quiser me deixar,
As lembranças vão na mala pra te atormentar"Ri sozinha e sem humor da ironia naquela música.
- Sem dúvidas as lembranças vão na mala, Luan Rafael... E lá vou eu de novo, pegar as minhas malas e ficar longe de você - Resmunguei para os meus botões. Depois encarei a revista que repousava no meu colo. Ali, estampada nas páginas da Caras, um Luan (lindo de matar no nível máximo) passeava pelas ruas de Nova York ao lado da Jadelina e seu nariz de um quilômetro. Ela estava muito elegante, o que me fez pensar que, com certeza, não foi ela quem escolheu a roupa que estava usando naquele ensaio... Eles pareciam bem, mas lá no fundo, algo me incomodava. Talvez eu o conhecesse bem demais para saber decifrar que aquele não era o seu sorriso mais sincero. Mas se ele a escolheu, por que não estaria feliz?
Reli a entrevista pela décima vez. Em uma das respostas o Luan dizia que não devia nada a ninguém... Por mais que aquilo me doesse, ele estava certo. Ele não me devia nada. Fui embora para vê-lo feliz e voltar foi um grande erro. Eu não deveria ter aparecido naquele show na Outlaws... O beijo que rolou aquela noite me permitiu ter esperanças de que o nosso amor não tinha morrido. Eu vivi aqueles dias sob a luz de um raio de felicidade que agora havia se apagado.
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A Nossa Canção
ФанфикApós alguns anos, Luan Santana reencontra a sua ex-namorada Júlia, para quem ele escreveu a música "Sempre com Você" e com quem ele teve um breve relacionamento que terminou de uma forma "não muito amigável". O retorno da ex para a vida do cantor fa...