Capítulo 9 - Aviso de tempestade

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Notas iniciais: Respirem fundo, a coisa vai ficar tensa daqui pra frente!

É agora que a tempestade de verdade vai começar!

Aproveitem!

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Ponto de vista do Luan

Acordei no dia seguinte com o celular tocando.

- Eita celular "veio" que não me dá sossego! Berrando a essas horas da madrugada - Xinguei baixinho enquanto tateava o criado mudo ao lado da minha cama procurando o meu aparelho móvel. Eu estava "morto" de sono, e mal conseguia abrir o olho. Foi por sorte que encontrei o meu "berrador".

Olhei no visor com a vista meio bagunçada. Era a Jade me ligando.

- Vixiiii... Agora a coisa vai pro pau - Murmurei antes de atender.

- Oi Jadinha - Tentei firmar a voz, mas a coisa saiu toda enrolada entregando que eu estava dormindo.

- Luan, onde você está? - Ouvi perguntar com a voz brava. Tava parecendo uma onça.

- Em casa, ué - Consegui responder fazendo muito esforço para me manter acordado.

- E onde você estava ontem à noite? Liguei no celular, na sua casa e nada! Você não combinou que quando chegasse em Londrina ia passar em casa? - Ela me cobrou. E agora? Como explico que planejei sair para ir encontrá-la, mas no caminho não "guentei" e parei na frente da casa da Júlia?

- Olha Jadinha, é melhor a gente conversar desses "trem" pessoalmente - Falei me virando e ficando de costas, morrendo de preguiça. Na mesma hora senti os arranhões que a Júlia deixou na minha pele arder com o contato contra a cama e quase gritei de dor.

Caramba, além de tempestade a Julinha também era gata, pra me arranhar daquele jeito? Bom, com aquele vestido preto de ontem, com certeza, ela estava uma gata... Balancei a cabeça e me esforcei para prestar atenção na Jade.

- Luan, fala pra mim que você não estava com a Júlia... - A voz dela ficou triste.

- É melhor eu te explicar isso pessoalmente, nega - Insisti deitando de lado na cama para não sofrer mais com as "marcas" da Jú.

- Então tá, será que você pode passar aqui em casa agora? Eu estou sozinha aqui - Ela me pediu séria.

- Ô Jadinha, mas tá muito cedo, muié! Pra quê madrugar assim? - Soltei um bocejo e quase fechei os olhos pegando no sono de novo.

- São uma e 20 da tarde - A ouvi responder do outro lado da linha, impaciente.

- Mas já? - Dormi que nem uma pedra que não vi o tempo passar...

- O que você fez ontem à noite para estar desse jeito? - Ela parecia muito nervosa.

- Faz o seguinte, Jadinha... Tô pulando da cama agora. Me dá meia hora e eu chego aí, combinado? - Tentei negociar.

- Meia hora, Luan - A Jade repetiu séria antes de bater o telefone na minha cara.

Droga! Dessa vez eu tava lascado!

Levantei da cama com muito esforço e tomei uma ducha a jato! Coloquei uma bermuda, um camiseta, calcei os chinelos, coloquei um boné pra domar o meu cabelo e corri para a garagem para pegar o "Jabuticaba". No caminho gritei para a minha mãe que estava de saída sem entrar em muitos detalhes. Dona Marizete, com certeza, devia estar brava comigo. Na volta eu sabia que eu ia ouvir o famoso drama da minha mãe: "Poxa Luan, você quase não vem para Londrina e quando vem não para em casa?"

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