Capitulo 2

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– Victória! – Ouço um grito atrás de mim, viro - me e deparo - me com meu pai.

– Já lhe disse para não se expor assim! –Fala ele indo em direção a janela e fechando - a.

– Desculpe - me, mas o ar deste castelo sufaca - me.–Falo tentando ficar calma.

–Se quer um ar, vá para o seu jardim.– Fala ele indo em direção a porta.

–Qual o problema do senhor papai? Se o senhor não gostas de mim por conta que sou uma bastarda, porque me mantém aqui? Ande papai, fale de uma vez! – Falo já irritada.

– Pense o que quiser Victória! Só escute - me, isso é para o seu bem.– Ele tenta abrir a porta.

– Eu já lhe escutei por dez longos anos de minha vida papai, mas o senhor...nunca quis escutar - me. – Falo.

– É melhor eu me retirar, essa discussão não dará em nada! – Ele sai do meu quarto e deixo uma lágrima escapar, sento-me em frente à penteadeira e olho - me no espelho.

Qual é a razão da minha existência? Eu só sofro nessa vida, não posso sair, não posso conhecer novas pessoas, não posso passear, sempre tenho que ficar aqui e cumprir obrigações de princesas para aprender a ser rainha um dia e lidar com as coisas, mas estou cansada disso. Parece um peso que você carrega nas costas e parece impossível de tirar, quanto mais você luta para tira - lo, mais dói.

– Princesa, está tudo bem? Posso entrar? – ouço a voz de Leonor e limpo minhas lágrimas rapidamente.

– Claro que pode Leonor.–Falo tentando abrir um sorriso.

– A senhorita discutiu novamente com o seu pai, certo?– Ela pergunta com quase certeza.

– Sim, mas está tudo bem, eu já acostumei - me com essas coisas.–Tento manter o sorriso.

– Mesmo? –Ela pergunta olhando nos meus olhos.

– Mesmo.–respondo.

–Bom, vamos fazer uma torta de maçã, pra ver se melhora o seu dia? –Pergunta ela sorrindo.

–Claro, vamos.– Falo abrindo a porta e indo em direção a cozinha.

       Fomos preparar a torta, e passamos alguns horas na cozinha, sem aquelas criadas malvadas.
          Lembro - me do tempo que eu e minha mãe não morávamos em um castelo e fazíamos essas tortas, nos divertiamos muito, adorava fazer isso com ela.
           Depois que terminamos de fazer a torta condivei Leonor pra almoçar conosco.

– Vai, aceita Leonor, por favor.– Peço já insistindo muito.

– Mas seu pai princesa, ele não irá gostar disso.– Fala ela.

– Leonor você me criou como uma filha, o papai não vai se importar com isso.– Insisto mais ainda.

– Mas princesa..– Ela tenta falar.

– Eu irei falar com ele tá, só espere um momento.– Corro em direção ao quarto dele, mas ele não estava lá, deve estar na sala do trono, vou até lá e finalmente encontro e converso com ele e ele concedeu.
            Quando chegou a hora do almoço, ouço fofocas sobre Leonor, como quase sempre.

Princesa VictóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora