Capítulo 3

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O dia amanheceu num piscar de olhos. E a rotina se repetiu por uma semana;o suficiente para Carol se adaptar ao trabalho e chegarmos a conclusão que era melhor morarmos juntas definitivamente. Até que enfim o sábado chegou!

-- Bom dia,lírio do vale! -falou minha amiga toda empolgada.

-- Nossa! Quanto bom humor,hein! Hahaha -respondi.

-- Ah,Madu,hoje é sábado!

-- E o que tem demais?

-- Podemos fazer algo legal,sei lá,sair pra comer ou pra dançar...

-- Huuum,recebeu um adiantamento? -perguntei com um sorriso surpreso

-- Sim! -fez Carol com cara de orgulhosa. Depois desconfiada.

-- Que foi? Haha. Quer me contar alguma coisa. Conheço esse olhar. -afinal eram mais de dez anos de amizade.

-- Tá bom,eu conto! -pulamos no sofá com toda euforia.

-- Sabe o Lucas? -começou ela toda misteriosa

-- O amigo do Caio,Seu gerente?

-- Ele mesmo... - por que ela tava sorrindo daquele jeito bobo?

-- Ah,não sei... ele tem sido muito bacana comigo ultimamente.

-- Pera,vocês estão...

-- Não! -me interrompeu antes que eu pudesse terminar de falar - só falei que ele é legal.

-- Tá,só isso? -impliquei

-- Elemechamouprasairhoje. Pronto,falei!

-- Calma aí,amiga. Fala mais devagar que eu não entendi. O seu chefe te chamou pra sair? -coloquei mãos até a boca,demonstrando surpresa e alegria ao mesmo tempo

-- Sim. E agora,o que eu faço?

-- Diz que sim,uai. - dei um tapinha em suas costas

-- Eu já disse que sim. Mas estou me sentindo estranha. Um cara bem sucedido como ele se interessar por uma garçonete.

-- Ah não,Carol. Eu não ouvi isso. Pelo amor de Deus,criatura! E a sua faculdade de psicologia? Falta tão pouco. Você está trabalhando lá temporariamente. E saiba a senhora que todo trabalho é muito digno.

-- Não é preconceito,Madu. Eu só acho estranho. Será que ele realmente quer algo sério? - ela realmente estava insegura. Acredito que ainda não tinha superado o último término.

-- Olha,amiga. Não é todo homem que é igual ao babaca do seu ex... E também,você mesma falou que ele é um cara legal. Tenta,poxa. Se não rolar,não rolou.

Ela pensou um pouco. Levantou do sofá do meu ateliê,foi até a janela,depois virou com um sorriso enorme,lindo de se vê.

-- É! Eu vou!

-- Essa é minha garota! -dei um beijo nela. Depois servi duas xícaras se café bem forte pra gente.

Decidi fazer uma faxina no ateliê. Tava num ponto em que eu não aguentava mais ficar lá dentro. Embora eu seja muito preguiçosa,tenho obsessão por limpeza. Não dava pra ficar daquele jeito. Carol me ofereceu ajuda,mas eu preferi cuidar de tudo sozinha,gosto de tudo do meu jeito. Então,sugeri que ela cuidasse do almoço e da organização da casa. Do ateliê,eu dava conta.

A tarde chegou e eu vi Carol preocupada.

-- O que houve dessa vez? -falei enquanto dava duas batidinhas na porta antes de entrar no seu quarto. -que bagunça toda é essa?

A Lua e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora