Todos corriam de um lado para o outro com decorações vermelhas, brancas e verdes. Seu pai estava do lado de fora colocando um pisca-pisca na porta principal, sua mãe estava terminando de decorar o corrimão da escada e sua irmã estava no mesmo ambiente que Hoseok e Sohyun enquanto se encarregava de armar a árvore de Natal.
"Você não se cansa dele?", Jiwoo perguntou para Sohyun revirando os olhos enquanto tirava algumas bolinhas vermelhas de dentro de uma caixa grande e pendurava nos galhos da árvore.
"Quem tem que se cansar é ela, não sou eu.", Sohyun riu apontando para a própria barriga.
Hoseok não estava dando a mínima para a conversa das duas mulheres presentes na sala. Estava ocupado demais acariciando e conversando com sua filhinha que até o momento estava no ventre de sua namorada.
Sua mão não saía da lateral da barriga da outra, que mal tinha volume. Sohyun sempre foi bem magra, sua gravidez não foi algo que precisava se preocupar de trocar a numeração das roupas, pois era minúscula. Correu com seus dedos até acima da barriga e apertou levemente ali esperando que sua pequenina correspondesse com um chute.
E sempre funcionava.
"Ela está acordada.", sorriu e acariciou com as pontas dos dedos por cima do pequeno volume que se formou pelo pezinho da bebê.
"Eu sei que está. Como que ela vai dormir com você perturbando-a?", Sohyun riu e Jiwoo a acompanhou.
O moreno revirou os olhos e continuou a mexer ali.
Sohyun ainda estava no sexto mês de gestação, desde o primeiro mês, quando não tinha absolutamente nada de volume, Hoseok tentava conversar com ela. A mulher sabia que ele não estava falando com ninguém, mas não era como se o garoto fosse se importar.
O choque que foi descobrir sobre a gravidez indesejada já havia partido há muito tempo. A pequena foi muito bem aceita pelos seus pais e sua irmã, mas não se pode dizer a mesma coisa dos pais de Sohyun, que sugeriram abortá-la. Mas a mulher negou.
Hoseok estava vinte e quatro horas por dia babando na barriga da namorada, conversando com a filha ou apenas fazendo carícias delicadas quando a mulher comentava que ela não parava de se mexer. Qualquer coisa que Sohyun sentia ele estava perguntando o que estava sentindo e se precisasse de alguma coisa.
Havia se tornado o que sua irmã disse no início de sua gravidez: um pai completamente babão.
Desde quando soube que seria pai de uma menina não tirava seu sorriso bobo do rosto por um segundo sequer. Seus pais e sua irmã viviam comentando que seria um pai chato que não deixaria a filha fazer nada, que iria afastá-la de tudo por ciúmes, mas garantia que só iria ser protetor como qualquer pai seria com a primeira filha.
E sempre que comentava que sua primeira filha estava a caminho sentia vontade de correr e gritar pra todos que iria ser pai.
Por Deus, estava mais animado que a própria Sohyun.
"Vocês já pensaram em um nome?", Jiwoo perguntou sentando-se no chão com as pernas cruzadas de frente para Sohyun.
"Só temos um em mente, que Hoseok escolheu. Mas não temos certeza se será esse mesmo. Ainda estamos discutindo.", olhou para a mão de Hoseok contornando seu umbigo e deu um pequeno beliscão na mesma. "Eu já falei que isso faz cócegas. Deixe de ser chato, Hobi!"
"Eu nem estou falando com você!", protestou.
Jiwoo só ria.
"Ela vai te odiar se você não deixar de ser chato desse jeito."
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CLOSED EYES | sope
FanfictionEm um mundo onde o cem por cento não existe, o perfeito nunca chega e ninguém nunca está satisfeito com o que tem, Jung Hoseok, após passar por muitos altos e baixos no casamento, precisa aceitar que para seguir a vida é necessário abrir mão de cert...