The Sketch{Harry Styles fanfiction} - EM PAUSA

Capítulo 3-"Vodka"

*Marjory Rose*

  Logo que acordei comecei a tossir com o fumo terrível dentro do quarto.

 Abri rapidamente a janela colocando a mão direita à frente do nariz tentando não inalar aquele ar nocivo. Lembro-me agora da minha mãe a falar sobre o quão prejudiciais são os cigarros e para não fumar ou estar com fumadores quando estes estão a fumar.

 Tomei rapidamente um duche, escovei os cabelos prendendo-os no cimo da nuca e fui novamente até ao quarto envolvida numa pequena toalha. O terrível cheiro já era pouco notório e Brittany encontrava-se a beber uma garrafa de vodka na pequena cama de solteiro desconfortável.

 "Como é que consegues beber isso a estas horas? São oito e meia da manhã!"-- perguntei arrumando o meu equipamento num saco desportivo lilás.

 "Se não fosses uma menina da mamã saberias que o meu dia está a acabar, ainda não dormi. Vou dormir agora, por isso fecha as persianas e deixa-me em paz. Aproveita para levar as garrafas vazias para o lixo."--ela declarou cobrindo-se com os lençóis brancos da cama e desligando a luz.

 Revirei os olhos e segurei o meu saco com o equipamento saindo do pequeno compartimento em direção ao exterior.

 Várias pessoas circulavam pelas escadas apressadamente tendo eu de me segurar para não ser esmagada.

 Rapidamente saí do bloco procurando algum café ou padaria onde pudesse tomar o pequeno-almoço. Segui o mesmo trajeto de alguns alunos esperando que tivessem em mente o mesmo que eu. Segurava com firmeza o saco lilás enquanto pensava na aula que teria com a professora Lee Thomas. Tudo isto é irreal para mim, estou finalmente prestes a viver o meu sonho e fazer orgulhosa a minha mãe. Este espaço é gigantesco, existem imensas pessoas diferentes e de culturas distintas, é tudo tão novo e misterioso para mim...

 Avisto ao longe uma confeitaria e logo salivo imaginando o que haveria de comer. Quando lá entro o cheiro a pão e bolos frescos invande as minhas narinas, fazendo o meu estômago dar sinal de vida. Rapidamente me coloco na fila olhando para vários doces com bom aspeto. Olho em meu redor observando pessoas mais velhas do que eu vestidas formalmente o que me dá a entender que a confeitaria é frequentada pelos administrativos e professores da escola. Engulo em seco percebendo que não estava no lugar mais apropriado para mim e peço à funcionária um bolo com bom aspeto e um leite com chocolate.

 Vou em direção à sala onde teria a minha primeira aula de ballet profissional acabando de comer o bolo. Alguns minutos após a caminhada, avisto o estabelecimento que se destina às aulas que teria perguntando a uma jovem que me pareceu "responsável" onde seria a aula com a professora Lee Thomas. Ela indicou-me com gestos enquanto falava, uma grande sala onde muitas pessoas esperavam do lado de foram ansiosas. Juntei-me ao grupo um pouco a medo encostando-me à fria parede.

 Enquanto esperava receosamente à porta da sala vi um grupo de três rapazes a passar pelo corredor com postura de superioridade. Um deles possuía longas pernas cobertas por calças justas pretas, olhos verdes encantadores e cabelo cacheado castanho, outro deles tinha um belo corpo curvilíneo, olhos azuis expressivos e cabelo castanho e o que mais nos analisava exibia um casaco de couro preto tal como os seus cabelos e os seus olhos tinham um tom achocolatado. Eles analisaram-nos seguindo caminhos diferentes.

 Segundos depois a minha atenção é desviada para uma senhora asiática com cabelo negro preso meticulosamente com uma espécie de lápis muito habitual de se ver nos filmes, ela agarrava firmemente uma bengala com detalhes de ouro e embora a sua estatura fosse baixa, ela exalava poder.

 A sua voz fez-se ouvir assim que nos agrupámos à sua frente encarando-a fixamente.

 "O meu nome é Lee Thomas. Não admito indisciplina, choro, queixas ou desculpas. Quantas sois agora?"-- ela observou-nos através dos seus olhos negros semelhantes aos de um falcão.

 "Cinquenta e sete."--respondemos em coro.

 "Posso dizer-vos que daqui a três meses nem metade vós estará aqui."--ela afirmou arrepiando-me com a sua voz estridente e forte.

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