1x01 - The First Scream

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Era uma noite fria de outono

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Era uma noite fria de outono. A brisa gelada atravessava a cidade e arrastava as folhas secas do chão. A lua brilhava no céu enquanto as estrelas salpicavam a escuridão, sendo estas as únicas formas de iluminação que Victoria Reed podia ter.

Sua casa, localizada em um dos condomínios mais ricos de Oakfield, no Estado de Ohio, ficava justamente na orla de uma imensa floresta que tomava milhares de hectares de terra ao norte, leste e oeste. Ao sul, estava a rua que ligava a grande mansão às outras casas.

Seus pais, advogados bem-sucedidos e ricos, haviam comprado a residência a menos de três anos e, para ser franca, Victoria preferia a antiga casa nem tão grande assim que ficava em uma rua qualquer da cidade. Entretanto, sua voz era abafada pela autoridade dos pais e todas as suas persistências contra a garota, que na época tinha treze anos. Ela acabou aceitando o destino e fingindo ser feliz na nova moradia desde então.

Naquela noite em específico, os adultos haviam saído para comemorar a vinda de um amigo distante que acabara de chegar ao país após uma longa viagem ao redor do mundo, e a garota Reed fora deixada sozinha e por conta própria.

Estava apoiada no parapeito da varanda do quarto, com uma xícara de chá nas mãos frias, tentando fazer o calor proveniente do líquido esquentá-las. Vestia um pijama curto demais para o clima, no entanto, esse era o seu estilo e ela não ousava mudá-lo, mesmo estando sozinha e quase congelando. O shorts de pano fino e confortável tomava as pernas até a metade das coxas e a regata decotada nos seios acabava acima do umbigo. Os pés descalços frequentemente trocavam de posição para que o peso do corpo não acabasse fazendo com que um deles ficasse dormente.

Ela observava a noite e o quintal a alguns metros abaixo. Seria tão fácil chamar os amigos para uma festa agora mesmo... Todavia, não estava no clima para isso e ficava cansada apenas em pensar na bronca que levaria dos pais quando voltassem. Por isso, se desfez da ideia e observou a floresta logo após o quintal.

Sem ao menos uma cerca separando-a da residência, a vegetação causava calafrios em Victoria. Os pinheiros eram os mais predominantes, mas também haviam carvalhos. A escuridão era a única coisa que ela conseguia enxergar através das árvores.

A casa, completamente feita de madeira e vidro, estava totalmente iluminada, tanto o andar superior, quanto o inferior, e as sombras feitas pelas luzes brincavam com sua sanidade. Cada movimento estranho provindo de algum lugar era o bastante para fazer o coração de Victoria bater mais forte e tirá-la do transe.

Inspirou fundo quando o cheiro de pinhas invadiu o ar. O corpo congelou assim que mais uma onda de vento frio ultrapassou o ambiente, e foi quando ela decidiu voltar para dentro. Bebericou do chá antes de se virar. Pé ante pé, passou pela porta de vidro e a fechou atrás de si, entrando no quarto quente e confortável.

A cama estava toda amassada, pois antes Victoria estava deitada sobre ela, e uma trouxa de roupas mantinha-se jogada no chão ao lado da escrivaninha. A garota nunca fora uma das mais organizadas, mas se sentia confortável com seu modo de arrumar as coisas e não havia motivo para mudá-lo tão cedo.

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