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Vestido, calça, short... O que se usa para ir ao uma boate? Eu não fazia a mínima ideia do que vestir. Meu guarda roupas já estava todo revirado e não tinha nada que prestasse lá. Eu ainda tinha duas horas antes de Ruggero vir me buscar, lembrei-me do dinheiro que mamãe deixou para o meu gato. Mordi os lábios tento uma ideia. Eu não tinha gastado nem metade do dinheiro então porque não fazer umas comprinhas? Coloquei uma jaqueta (1), peguei minha bolsa e o dinheiro, depois sai de casa.

Por sorte o centro não era muito longe e dava para ir a pé. Entrei na primeira loja que encontrei e a vendedora veio me atender.

- Posso ajuda-la?  -Ela perguntou.

- Gostaria de dar uma olhada nos vestidos.  –Falei sem graça colocando meu cabelo para trás da orelha.

- Pra você eu tenho vários.  –Ela me puxou pela mão e me levou até o corredor onde havia vários vestidos, um mais bonito que o outro.  – Alguma preferência por cor?

- Acho que não.  –Sorri. Ela me olhou como se estivesse pensando.

- Você combina muito com o vermelho.  –Ela sorriu procurando todos os vestidos possíveis na cor vermelha.   – Aqui.  –Ela voltou com umas cinco ou seis peças em mãos.

Tive que experimentar todos e acabei ficando com o terceiro. Ele era um tanto quanto curto, tinha um decote que poderia ser chamado legalmente de vulgar, mas eu nem importei. Talvez amanha eu me arrependesse por comprar algo tão escandaloso mas, hoje não.

- Muito obrigada e volte sempre.  –A balconista falou depois que eu tinha pagado.

Sai da loja e olhei a hora no meu relógio de pulso velho – eu estava precisando de um novo –, tinham se passado quase uma hora e vinte minutos. Resolvi pegar um taxi até chegar em casa.

. . .

Desci do taxi correndo e abrindo a porta em uma enorme correria. Tinha um pouco de transito no caminho e lá se foram mais vinte minutos perdidos. Joguei a sacola com o vestido em cima da cama, assim como todo o resto de roupa que eu usava.

Parti para o banheiro tomar o meu banho. Quando terminei me enxuguei e fui tentar fazer um penteado. Enrolei somente as pontas dando um ar mais encaracolado, coloquei o vestido que eu tinha comprado, refleti se usar aquilo valia mesmo a pena. Eu não tinha seios grandes e nem a bunda, mas o vestido ficou bem acentuado em meu corpo. Usei um salto vermelho que ganhei da minha tia no meu aniversario do ano passado, nunca tinha o usado, mas aquela era uma ocasião especial!? Passei também um gloss rosado e um lápis de olhos básico. Passei o perfume e... Finalmente eu estava pronta.

Peguei o celular que mamãe sempre deixava em casa de reserva, ela dizia que era pra eu usar caso acontecesse uma emergência. Olhei-me no espelho e tentei imaginar o que ela diria se me visse vista daquela forma, com certeza iria dizer que eu era uma vadia e estava parecendo uma prostituta.

Dei uma jogada no cabelo e no mesmo momento ouvi a campanhinha soar. Minhas pernas bambearam e eu se eu não tomasse cuidado iria acabar caindo com aqueles saltos. Abri a porta sentindo uma enorme vontade de colocar uma blusa cobrindo aquele decote. Ruggero deu um sorriso bem malicioso, nunca tinha o visto sorrir daquela maneira. Olhou-me de cima a baixo e mordeu os lábios.

- Belo vestido.  –Ele disse.  – Mas prefiro você sem ele.

- Obrigada.  –Revirei os olhos. Eu iria tomar aquilo como um elogio e fico feliz por ele ter gostado.

Ruggero estava perfeito. Ele usava uma calça preta um pouco folgada, uma bota preta e a blusa era branca, com as mangas dobradas até o cotovelo e um pequeno decote em V. Caminhamos até o carro, ele estava um pouco a minha frente. Seu cheiro era de mexer com as minhas forças. Como isso era possível?

Quédate ❤ RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora