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POV Karol
 

Fazia um imenso frio naquela manhã, eu até poderia pegar o carro de mamãe para ir á escola, mas tinha um problema, eu não sabia dirigir. Terminei de vestir o meu casaco e fiz o rabo de cavalo, que eu tanto gostava, em meus cabelos. Peguei minha mochila e fui me despedir de da Nadja a empregada que mamãe tinha contratado.

- Eu já vou nadja.  –Falei e ela sorriu pra mim. Nadja deveria ter uns 35 a 40 anos, longos cabelos pretos e algumas mechas vermelhas nas pontas, seus olhos eram azuis e ela me parecia ser uma boa pessoa.

- Tenha um bom dia karol.  –Ela falou.

- Obrigada.  –Agradeci e sai de casa.

Resolvi ir uns minutos mais cedo para pegar para um ônibus, aquele dia não dava para nadar a pé. Fiquei uns cinco minutos esperando no ponto e depois ele passou. Fiz um aceno com a mão e ele parou. Subi logo e paguei a minha passagem, sentei-me em um banco mais atrás e esperei até chegar ao colégio.

. . .

Desci em frente a escola e Jazmin me esperava.

- Oi.  –Falei.

Karol me encontre na biblioteca na hora do intervalo.  –Foi a única coisa que ela disse antes de ir pra sala.

Fiquei ali parada por alguns segundos tentando adivinhar o porquê ela queria falar comigo e o porquê da sua expressão tão confusa. A maioria dos alunos pareciam assustados e conversavam entre si. Olhei para o chão e endireitei minha bolsa.

. . .

Tirei meu casaco colocando-o pendurado na cadeira, abri meu caderno na ultima matéria de Biologia. Na lousa havia apenas uma pequena anotação.

Passei as três primeiras aulas com muita curiosidade, quando o sinal do intervalo bateu eu fui a primeira a sair da sala. Coloquei a mochila no ombro e levei o casaco em meu braço. Cheguei ao corredor e estranhei o chão estar coberto por pedaços de vidro e alguns policiais lá, eles me obrigaram a passar pelo outro lado e eu tive que dar uma volta enorme. Eles não quiserem me contar o que tinha havido e eu não insisti.

Dei a volta até chegar a biblioteca, Jas já estava sentada me esperando. Coloquei meu material em uma das cadeiras e me sentei na outra.

- Você sabe o que aconteceu aqui?  -Fui logo perguntando.

- Não sabe ainda?  -Ela falou como se a resposta fosse obvia. Neguei com a cabeça.  – Assaltaram a escola ontem de madrugada.

- Isso explica toda aquela bagunça.  –Refleti.   – Mas o que exatamente queria falar comigo?

- Então, estão dizendo que quem está por trás disso são os amigos do Ruggero.

Meus olhos se arregalaram.

- Ruggero não faria uma coisa dessas, e não foi ele que roubou a escola.

- Como pode ter tanta certeza?  -Ela me encarou arqueando a sobrancelha.

- Por que...  –Parei de falar ao lembrar que eu não deveria contar que eu estive com ele durante a madrugada, ou pelo menos parte dela.  – Porque eu o conheço o suficiente para dizer que não foi ele.

Mentira, eu não o conhecia tão bem assim.

- Não importa, só sei que a policia vai descobrir quem foi e isso não vai demorar.

- Mas o que roubaram?

- Um computador com algumas respostas de provas e outro com os boletins dos alunos.  –Ela respondeu incrédula.

Quédate ❤ RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora