Capítulo VII - A calmaria antes da tempestade

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Os Pevensie e Caspian estavam em uma outra sala, que mais parecia uma caverna, e eu fiquei socializando com Caça-Trufas, o texugo que é mais simpático do que Pedro

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Os Pevensie e Caspian estavam em uma outra sala, que mais parecia uma caverna, e eu fiquei socializando com Caça-Trufas, o texugo que é mais simpático do que Pedro.

— Eu acho que você se daria muito bem com meu irmão mais novo. — eu comento e enfio uma framboesa na boca.

— E por que acha isso? — Caça-Trufas pergunta, me olhando por cima do ombro.

— Vocês são bem parecidos. Ele é bem sensato com as coisas, é inteligente e dá ótimos conselhos, na maior parte das vezes ao menos. — eu respondo com um sorriso, olhando para o nada.

— Parece ter saudades dele. — Caça-Trufas observa, me olhando de forma solidária.

— Tenho tanta saudade dos meus irmãos que chega a doer, mas eu sei que quando eu ver eles de novo, vai ser como não tivesse passado tanto tempo longe deles. — eu falo e dou um suspiro saudoso.

— A família funciona assim, não é? — ele pergunta retoricamente, mas, mesmo sabendo disso, eu sorrio concordando.

— Bem, vamos falar sobre outra coisa! Como isso aí está indo? — pergunto e desço da mesa que estava sentada, tentando me distrair da tristeza.

— Bem, mas terei que fazer mais. Alimentar guerreiros antes de entrarem no campo de batalha não é fácil. — ele responde e atiça a fogueira, que está assando algo que eu nem quero saber o que é. Já bastou Trumpkin despedaçando aquele urso. Estremeço só de lembrar do som.

— Ah, com certeza. Quer que eu ajude? Sei fazer uma ótima torta de maçã. — eu falo sorrindo nervosa, tentando esquecer os sons que vieram à minha mente.

— Claro! Por que não? — Caça-Trufas fala e eu me animo.

Passamos um bom tempo cozinhando e conversando, tanto que quando Lúcia me chamou já tinha dezenas de tortas e várias outras coisas nas mesas.

Sorrio para Caça-Trufas, me sentindo bastante satisfeita por ter ajudado, digo que volto depois e tiro o avental. Limpo as mãos e vou atrás da ruivinha. Vejo-a parada, roendo as unhas. Assim que chego perto dela, dou um tapinha na mão dela:

— Não roa as unhas! Faz mal.

— Parece minha mãe. — ela fala e nós duas rimos.

— Me chamou pra que, coisinha? — pergunto apoiando o braço no ombro dela e observando Edmundo ao longe. Aquele menino até de costas fica lindo.

— Eu só queria conversar com você, estão todos ocupados com as armas e tudo o mais, mas sou pequena demais pra isso. — ela explica com um pequeno bico pra fazer drama.

— E eu sou leiga! — eu retruco, fazendo biquinho também. Então sorrio e estendo as mãos, falando: — Mas não tem importância. Sabe dançar?

— Não muito. — Lúcia responde e segura minhas mãos

— É assim. — eu falo e começo a mexer os braços dela, enquanto puxo o esquerdo, empurro o direito.

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