Capítulo XII - Salvando o príncipe encantado

4.4K 433 184
                                    

Gritos eram ouvidos, soldados inimigos armavam catapultas, enquanto outros corriam em nossa direção e Pedro estava contando até dez, em meio ao caos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Gritos eram ouvidos, soldados inimigos armavam catapultas, enquanto outros corriam em nossa direção e Pedro estava contando até dez, em meio ao caos. Eu senti vontade de sacudi-lo pelos ombros e fazê-lo comer terra em seguida, mas não o fiz, pois lembrei do plano B.

Vai dar tudo certo, Elle. Calminha! A agressão não é - ainda - necessária.

Respira fundo, é só sua primeira luta! Isso só me faz agarrar mais forte a espada que acabei de tirar da bainha. Okay, me sinto menos ridícula agora.

Percebo que o plano deu certo quando, mais ou menos uns cem metros à frente, uma cratera se abre, mais ou menos com 100 metros de largura, 300 de comprimento e uns 5 de profundidade. Boa parte da cavalaria telmarina é pega de surpresa e afunda nela.

Então, sem dar tempo pro inimigo se aprumar, os arqueiros atiram suas flechas e atingem eles.

— Atacar! — Pedro grita, Edmundo sobe num cavalo e eu fico meio apavorada, mas sigo a ordem de Pedro e corro até os inimigos.

No momento é tudo baseado em matar ou morrer, e eu fico pensando se terei coragem de matar alguém.

Talvez não matar, apenas ferir gravemente o suficiente para não trazer mais problemas para nós.

Enquanto corríamos até os telmarinos, duas passagens se abrem atrás dos inimigos e Caspian, liderando os narnianos, inicia um ataque, assim conseguimos cercar os telmarinos. Bom, uma parte deles.

No princípio, eu achei que iria morrer por falta de treinamento, mas tive que acordar pra vida, pois um telmarino estava me atacando. Foi um tanto difícil derrotá-lo, pois é diferente lutar na aula e lutar em uma batalha, mas eu consegui usar o peso do soldado contra ele e enterrei a espada em seu abdômen. Confesso que me doeu tirar uma vida e que quase rolou uma lagrimazinha, mas outro soldado me atacou e me forcei a lamentar-me depois.

— O exército deles é enorme! Olha aquela merda, Pedro! — eu grito com o Pevensie, vendo ele derrubar um telmarino, enquanto tento derrubar outro.

Perto deles nós éramos uma criança de quatro anos achando que ia derrubar alguém de 15. Haviam quatro tropas de soldados bem armados, além de catapultas desgraçadas.

— Eu estou vendo, Elle! — ele grita de volta, nervoso.

Caspian faz um sinal e os grifos aparecem, cada um segurando um arqueiro e levando-os até os inimigos. Mas os telmarinos também tinham suas armas, e usaram uma besta gigante para atirar neles. Alguns foram ao chão, mas outros conseguiram ficar bem.

Eu mal tinha conseguido derrubar outros dois soldados quando Pedro mandou recuar, indo para o monte. Obviamente todos obedecemos, mas os telmarinos eram espertos e usaram suas catapultas para impedirem a fuga, esmagando alguns narnianos no processo, derrubando a entrada do nosso "QG".

Vejo Susana cair por causa de uma árvore sendo tombada, ficando pendurada na base de pedras altas do nosso "QG", que estava sendo usada para os arqueiros atirarem nos inimigos. Trumpkin consegue segurá-la e faz com que ela caia em segurança em outro nível de pedras.

Horizonte • Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora