Francisco estacionou o carro em frente ao prédio de Nina checando o horário para ter certeza que não estava atrasado, sorriu aliviado ao ver que tinha conseguido chegar adiantado, mesmo tendo demorado a decidir qual camisa usaria. Estava nervoso, queria que a noite saísse exatamente conforme vinha planejando, pois mesmo que ele e Catarina já estivessem saindo há um bom tempo, era o primeiro encontro e ele o faria ser especial.
O jogador mal conseguiu segurar o sorriso ao ver a mulher atravessar a rua em direção ao seu carro e mesmo sabendo que Nina não podia vê-lo por conta do vidro escuro, ela sorria para ele.
- Nossa, não achei que estaria tão frio! - exclamou Catarina, enquanto se acomodava no banco do passageiro. Isco a observava com um sorriso de canto. - O que foi? - ela riu baixinho.
- Sabe, Nina, eu achava que era impossível você ficar mais linda, mas toda vez que te vejo comprovo que estava errado, você sempre supera minhas expectativas. - ela riu, sentindo-se tola por ainda sentir as bochechas corarem toda vez que ele a elogiava.
- Você também não está nada mal, se bem que com essa barba você fica lindo vestindo qualquer coisa, principalmente quando está usando nada. - Nina beijou os lábios do jogador e sorriu ao sentir a mordida que ele deu em seu lábio inferior. - Ai, você não cansa, não? Aposto que já deixou uma marca permanente aqui. - brincou tocando o próprio lábio.
- Pretendo deixar muitas mais. - Isco piscou, dando partida no carro e encarou a mulher mais uma vez, antes de pisar no acelerador.
O silêncio a caminho do restaurante demonstrava o nervosismo do casal, era algo bastante incomum entre eles. Não era apenas a ansiedade do primeiro encontro que assombravam seus pensamentos, seria a primeira vez que iriam a um local público, sem as crianças. Nina sentia suas mãos suarem, era difícil para ela saber que provavelmente Isco a levaria em algum lugar requintado onde provavelmente o reconheceriam e ela não sabia muito bem como agir.
O jogador se virou para a mulher por um instante e reparou que ela mordia a ponta do dedo, algo que ela sempre fazia quando estava preocupada e para acalmá-la, tirou uma das mãos do volante e a colocou em cima da perna da mulher que sorriu com o gesto e entrelaçou seus dedos aos dele e assim foram até a entrada do lugar.
O restaurante, como esperado, era muito elegante, Catarina ficou feliz ao ver que tinha se vestido apropriadamente e agradeceu ao manobrista que abriu a porta para ela e voltou a abrir um sorriso ao dar a volta no carro e ver a mão de Isco pronta para segurá-la e era exatamente daquela forma que sempre via o homem à sua frente, pronto para protegê-la de todos os problemas. Sentindo-se infinitamente mais calma, ela aceitou a mão que ele oferecia e juntos caminharam até a mesa mais reservada do ambiente.
- Essa é a sua mesa. Se precisarem de alguma coisa, por favor, me chamem. – a funcionária do restaurante sorriu simpática despedindo-se do casal.
- Conseguiu conversar com seu pai? - o jogador perguntou, pois sabia que naquela noite o pai de Catarina chegaria mais cedo para que ela pudesse conversar com ele sobre o ocorrido com a mãe dela no parque.
- Talvez, ele me disse que há algum tempo pegou ela olhando fotos e vídeos da Ella no celular dele e que quando perguntou, ela desconversou. Ele passou então a sempre mencionar alguma coisa sobre a gente depois dos nossos encontros e que ao invés de pedir para ele não continuar ela passou a se interessar, embora nunca fizesse perguntas.
- Me parece que ela está arrependida, Nina.
- Eu não me importo, como mãe eu não consigo nem pensar em deixar a Fiorella passar por uma unha quebrada sozinha, quanto mais o que eu passei. No dia que fomos ao parque ela disse a ele que ia sair com as amigas e ele me contou que ela chegou em casa e se trancou no quarto e chorou. Eu tenho pena do meu pai porque ele está no meio da história e tem esperança que a gente se resolva, mas se ela acha que é espionando minha vida que ela vai conseguir alguma coisa, está muito enganada.
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Nobody Matters Like You | Isco Alarcon
Fanfic[FINALIZADA] Após uma jogada do destino, Catarina se vê mãe solteira lutando para dar a sua filha tudo do bom e do melhor. No meio do caminho, ou melhor, numa loja de brinquedos, aparece um estranho que tem mais em comum com você do que poderia imag...