Chego no distrito do FBI e ando decidida à minha sala quando meu chefe me aborda por trás e me diz de maneira nada formal:
— Stivens, na minha sala. Agora.
Sem contestar, dou apenas meia volta e o sigo para sua sala. Ele me deixa passar e fecha a porta. Indica com a cabeça para que eu me sente e eu obedeço. Olho para ele que mantém a cara de mistério. Se senta na sua poltrona e me olha nos meus olhos.
— já descobriu algo sobre Benson?
— Ele está trabalhando para a milícia. Contra Carter.
Nada de bom dia. Do jeito que ele, certamente, gosta. E eu também.
— Sabe onde ele está?
— Sim.
— Quero que vá até ele.
— Mas o plano não era somente eu descobrir onde ele estava, sem me aproximar?
— Era, não é mais. Você tem que ir até ele. Se aproxime dele e o prenda. Sei que gosta de trabalhar sozinha, então faça como quiser, mas tire-o de circulação.
— Isso se Jack não fizer primeiro.
— Bom, de todo modo, estaremos livres do problema. Se Jack não o matar, pode ter certeza de que a polícia local, ou até mesmo você o faça.
— Acredita que eu o mataria?
— Eu só digo o que eu sei, com base no que conheço dos meus agentes. E embora você seja a mais esquentadinha quando está com uma arma, você é a agente em quem mais confio. Por isso, chamei você aqui.
— Tem outra missão para mim?
— Não exatamente uma missão, mas algo que acredito que você queria, e muito.
— E do que se trata?
Ele fica me encarando. Lógico que eu sei o que é.
— Fique de olho no seu pai. Ele pode ter alguma coisa a ver com a milícia e eu tive algumas comprovações disso ontem.
— Eu também tenho algo para o senhor.
— E o que seria?
— Chefe, se me permite, o senhor acabou de me entregar o meu pai na palma das mãos. Isso é algo que venho querendo faz tempo, embora eu saiba que foge um pouco da ética profissional, mas ninguém melhor do que eu para isso. Mas por favor, me deixe concluir meu trabalho. Depois, eu entrego até os rins dele pra você.
— Devo confiar ou desconfiar de você, Stivens? - ele me segue com o olhar quando me levanto para sem dúvida, fugir dele, pois não posso falar demais, mesmo ele sendo o meu chefe.
— Bom, deixo para o senhor decidir isso. Até mais.
Saio da sua sala como um vendaval. Ando a passos largos para a minha sala quando sou abordada de novo, dessa vez, por Bill. Ah não.
— Diga, onde você passou a noite?
— Esqueceu que hoje ao início da manhã eu terminei com você? Bom, se por ventura se esqueceu, procure se lembrar de que agora, eu não lhe devo satisfação nenhuma. Eu sou uma mulher solteira e você, nem de brincadeira tente algo contra mim ou vá na minha casa. Tenho permissão da lei para me defender. Não acredito que você queira comprar uma briga comigo quando eu me encontro possessa de raiva de você.
Saio de sua frente e sigo para a minha sala para o meu dia de trabalho. Não me importo se ele vai ter algo a mais para me dizer, pois eu nada quero saber. Só tenho cabeça para um homem agora, e este é Jack Carter.
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Damaging Bullet Hearts - Versão Monik Stivens
RomantikMonik Stivens é uma agente secreta do FBI que desde os dezesseis anos tem sede de vingança pelo homem a quem deveria protegê-la: seu pai. Sua mãe foi assassinada por ele e este jamais soube cumprir seu papel. Seis anos mais tarde, ela descobre que s...