Capítulo III de IV - Markus Manfred

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"— Eu ainda acho difícil acreditar que você é da polícia. — Markus comentou após parar a gravação.

— Porque?

— Eu não sei, não imagino você com uma arma. — O menor era um amor de pessoa, não conseguia botar na cabeça a imagem dele apontando uma arma pra alguém.

— Pois fique sabendo que eu me formei em primeiro lugar na academia de tiro. — Deu um sorrisinho convencido e brincalhão.

— Oh, desculpe Sr. Me formei em primeiro lugar, mas podemos voltar a gravar? — Brincou com um pouco de sua atenção voltada para câmera.

— Você é impossível. — Connor riu.

— Eu sei que sou. — Piscou e o namorado revirou os olhos sorrindo. — Já pode começar.

— Markus Manfred."

xOx

Quando Markus escutou a notícia ele ficou em choque, completamente sem reação, olhava para o aparelho fixamente procurando alguma resposta.

De manhã haviam conversado por celular e de tarde, quase à noite, ele recebia outra ligação lhe comunicando a morte de Connor.

Se recordou da ligação que havia feito, naquele dia, para Connor perguntando se ele poderia lhe visitar, o menor disse que se fosse urgente ou se, simplesmente, ele quisesse poderia pedir para alguém na academia ir no local que tinha descoberto para poder ficar consigo, mas Markus recusou não querendo atrapalhar o trabalho alheio. Connor então disse para o namorado esperar, não ia demorar tanto e depois passaria na casa do mais velho.

E ele esperou pela visita que nunca viria.

Todos os segundos após a morte do rapaz foram terríveis. Estava tão acostumado com a presença de Connor que chamava seu nome. Quantas vezes isso não tinha acontecido? Ler as mensagens trocadas pelos dois eram o novo passatempo de Markus, sem falar as horas que ele gastava vendo fotos e vídeos que tinha dele.

North avia lhe aconselhado a apagar tudo para se acostumar logo que ele tinha morrido.

Josh disse que a garota estava sendo insensível e que era importante ter as recordações.

Simon parou os dois antes de começar uma discussão, Markus precisava do apoio dos amigos não daquela barulheira toda! O rapaz loiro avisou que estava tudo bem e que ia apoia-lo em qualquer escolha.

No fim Markus não apagou as fotos, ele não estava negando a morte de Connor, apenas queria se sentir mais perto dele.

E nessa pequena ânsia de se sentir perto do falecido e por ver o quão abalada a família estava ele se propôs a cuidar de tudo, até foi a um conhecido que era cirurgião e que trabalhava restaurando corpos para enterros, o fim não foi lá muito bom, já que tinha brigado com o mesmo por ter se referido a Connor de um jeito bastante desrespeitoso.

Ele perguntou, por mensagem, se Hank e Nines queriam falar algumas palavras durante o enterro e com apenas uma resposta positiva ele avisou o dia e horário.

Os amigos em comum do casal se propuseram a ajudá-lo com a arrumação do local no dia, Markus foi o primeiro a chegar e naquele momento só ele chorou, tudo o que queira era fazer um carinho nos cabelos de Connor ou só olhar para ele mais uma vez, mas ele não podia... Ninguém podia. Quando escutou passos e vozes se aproximando ele se recompôs e com os que já haviam chegado começou a arrumar tudo.

Os policiais do departamento de polícia de Detroit, chegaram juntos e uniformizados, todos eles prestaram uma continência em frente ao caixão de Connor.

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