Traição

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 Olá meus amores, tudo bem com vocês?! Espero que este começo de ano esteja sendo tão bom pra vocês como está sendo para mim. Peço desculpas pela demora em atualizar, estava meio desconectada e foi algo que me fez bem, para compensar hoje e amanhã vai estar saindo capítulo novo. Peço desculpa pelos erros ortográficos,agora vamos lá que vem treta brava por aí...

Um beijão no coração de todos e não esqueçam do voto ★ ! Saranghae <3  

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O leve chacoalhar da carruagem mantinha-me acordado e pensativo. O caminho da estrada do rei era longo e tortuoso, algo que sempre achei uma inconveniência  pelo enorme tempo despendido para se chegar ao meu reino, mas que no entanto, hoje havia se tornado meu maior alento.

Três dias haviam se passado desde que eu fui informado de que deveria me casar, e por tal motivo que precisei me deslocar até o vale de lunae lumen, na esperança de reverter esse acordo mal planejado. Para minha infelicidade, o duque Bae estava irredutível, não voltaria a ceder as terras agora em sua propriedade para Montmartre a menos que eu contraísse laços com sua filha. E esse seria meu fardo, me unir a alguém por uma questão estratégica, mas não pelos motivos tradicionais como, criar laços entre reinos em desavenças, ou para selar acordos comerciais extremamente benéficos, motivos esses que muitas vezes levam as pessoas a admirarem seus governantes, que abdicam de seus desejos a fim de manter a paz e a prosperidade de seus súditos. Eu me casaria por chantagem, a boa e velha, essa arma sórdida e decadente que torna tudo a sua volta um alvo. Eu não amava Irene, tampouco me sentia atraído por ela, não mais. Confesso que minha primeira impressão dela não poderia ter sido melhor, ela era perfeita para os meus propósitos naquela noite, um corpo quente e voluptuoso em que eu me deliciei por longas horas, mas que em seguida fez questão de mostrar sua verdadeira face.

Irene não era uma pessoa fácil de se lidar, era espaçosa, inconveniente, mimada e sem qualquer bom senso. Na manhã seguinte após nossa noite de... Diversão, ela simplesmente ignorou meu pedido educado para que parasse de espernear como uma garota birrenta e concedesse que o cocheiro real a levasse de volta à sua residência, aquilo me irritou em demasia, não pelo fato de ela além de não ter saído civilizadamente, ainda ter destruído meus aposentos completamente, mas simplesmente por ter me desobedecido. Sou um homem razoável, eu tenho regras, coisas simples que mantém minha sanidade mental e que garante que eu mantenha tudo a minha volta funcionando perfeitamente, mas quando sou contráriado, especialmente por uma mulher desmedida como aquela, meu sangue de alfa chega a ferver em minhas veias.

O barulho dos cascalhos de pedra chocando-se contra as rodas de madeira cessa assim que a carruagem passa por sobre uma ponte, atenho minha visão a paisagem que vejo através da janela. Um rio calmo e límpido com margens verdejantes, bosques que se estendem até o horizonte onde se encontram com majestosas montanhas com seus picos cobertos de neve, e flores... Espere! Flores?!... Uma brisa suave passa por entre as cortinas de camurça que fecham parcialmente a janela, e meu olfato me traz uma lembrança, esse cheiro doce, leve e inebriante como... Ela.

Sim, aquela criada! Silenciosa e desastrada, atrevida mas submissa, misteriosa e... Bela!

Meus pensamentos revoltosos por causa da chantagem que me foi impelida por Irene e seu maldito pai, em nada diminuíram a confusão causada por aquela garota, que agora habitava meus devaneios mais irracionais. O cheiro do corpo dela, o calor de sua pele, seus lábios macios e suculentos como eu jamais experimentei, e seus olhos... Seus enigmáticos olhos cinza, olhos de uma feiticeira astuta, de uma amante estigante, olhos de uma ômega lúpus.

Como eu gostaria de agarrá-la, de tê-la em meus braços novamente, totalmente entregue às minhas vontades. Eu a faria contorcer-se de desejo, seu corpo reagir a mim como nenhum outro homem tenho certeza conseguiu fazer com ela, tomar toda sua doçura para mim e me deliciar vendo aquela pela alva se tornar vermelha sob meu toque severo. Ahh como eu queria vê-la suada e ofegante depois de eu a ter feito chegar até as estrelas com seu prazer, e poder escutar sua voz cadenciada e falha pedir por mais, mais daquilo tudo, mais de mim...

O Rei de Montmartre Onde histórias criam vida. Descubra agora