Capítulo 05

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Quando finalmente nós pousamos no nosso tão esperado destino, todos estavam cansados e com fome, então fomos direto para o hotel. Lá foi feito a divisão dos quartos, então eu dividiria o quarto com o Bailey.

Quando entramos no quarto, cada um escolheu uma cama e nos jogamos nela. Estávamos exaustos, a viagem fora muito longa.

— Quem vai tomar banho primeiro? — ouço Bailey me perguntar e me viro para ele.

— Vai você, enquanto isso vou ficar descansando os olhos. — digo fechando os olhos e rindo.

Sinto algo sendo jogado contra mim e quando abro os olhos, percebo que Bailey havia jogado um travesseiro. Dou-lhe um olhar mortal e ele corre para o banheiro, não me deixando revidar. Ele não perde por esperar.

Teríamos todos que acordar cedo novamente, mas parecia que ninguém se lembrava disso, já que recebi mensagens no grupo chamando todos para andar pela cidade. Estavam todos animados, nem parecia que tinham saído do avião querendo dormir ali mesmo.

— Bailey? — gritei para que ele possa me ouvir mas aparentemente ele não ouviu. — Senhor May?

— Está ficando louco? — ele disse abrindo a porta do banheiro.

Dei risada da cara dele e aproveitei para jogar um travesseiro nele.

— Eles estão combinando de sair, você vai? — perguntei indo até minha sala pegar roupa para tomar banho.

— Eles quem?

— O Papa, a rainha da Inglaterra e o presidente do Canadá.   — digo olhando para ele como se fosse óbvio.

— A sua ironia é doce como limão. — ele disse me dando um tapa na cabeça.

Rio dele mais uma vez e entro no banheiro, começando o meu banho.



Estávamos todos encantados com a beleza das ruas da cidade. Tudo era lindo, os prédios, as pessoas, até mesmo a rua em si, tudo mesmo. Nenhum de nós já tínhamos estado aqui, era um momento especial.

— Acho que vou chorar — diz Joalin dando uma volta. — Eu estou apaixonada. 

— Vai que é sua, Bailey! — Sabina diz empurrando de leve a Joalin com o ombro e todos nós damos risadas, menos Krystian.

— Acho que alguém ficou com ciúmes... — Diarra disse olhando para Krystian, que apenas revirou os olhos mas não conseguiu segurar um sorriso.

De repente, Sina entra em um restaurante e todos nós a olhamos confusos.

— O que foi? Eu estou com fome! — ela disse rindo e seguimos ela pelo restaurante.

Any tomou a frente já que era a única que falava português e nos conseguiu uma mesa. Ela teve que traduzir tudo para gente, até mesmo os nomes dos pratos. 

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias até o garçom trazer todos nossos pedidos. Nós agradecemos e ele se afastou com um sorriso no rosto.

Quando começamos a comer, ninguém falou mais nada, estavam todos concentrados em matar a enorme fome que sentíamos. Parecia que não comíamos faziam dias, mas foram apenas doze horas.



Já estávamos na rua novamente, ainda encantados com toda essa beleza. Era uma das cidades mais lindas que eu já tinha visto, era incrível.

— Podemos parar um pouco para olhar para as estrelas? — digo de repente, fazendo o grupo parar de andar.

Eles me olharam e sorriram, adorando a ideia. Encontramos uma praça e nos sentamos no chão mesmo, alguns deitaram, e observamos o céu com toda atenção do mundo.

Comecei a pensar na vida, e acredito que todos estavam fazendo isso. Pensei sobre a conversa que tive com meus pais, e voltei a achar que sou uma decepção para eles. Talvez eu não seja bom para eles. Talvez eu não seja bom para ninguém e nunca serei. 

— Josh, por que está chorando? — Any pergunta baixo para que só eu possa ouvir, e virei meu rosto para encará-la.

Dou apenas um sorriso fraco e a abraço, me permitindo sentir a dor e deixei as lágrimas rolarem.

De repente, estavam todos me abraçando, e foi aí que chorei mais ainda. Eles são como uma família para mim, e eu tenho muita sorte de tê-los comigo. 

— Eu amo vocês!

— A gente te ama!   

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