Ninguém sabia de onde os vampiros vieram, mas eles eram almas condenadas que ansiavam por sangue.
Foi um mal, ato de cicatrização da alma, drenar a vida dos vivos até o ponto da morte, para prolongar suas próprias vidas. Para a imortalidade.
Vampiros haviam sido extintos por seiscentos anos.
Bem ou pelo menos era isso que eles pensavam .
[...]
Remus ouvira o que Harry havia discutido com Tom, e Harry estava animadamente falando de sua amizade com Tom Riddle.
Remus deveria ter ficado feliz que Harry tivesse feito um amigo. Era uma preocupação que Sirius e ele não tivessem feito o suficiente em relação à socialização de Harry, com suas constantes viagens impedindo Harry de desenvolver amizades duradouras.
Agora eles estavam de volta em Little Hangleton e Harry já tinha feito um amigo, teria sido uma coisa boa - se o amigo fosse alguém, exceto Tom.
Harry agradeceu a Remus pelo chocolate e informou-o de que o havia compartilhado com Tom. Tudo acabou, toda a barra. Harry explicou.
Remus não se importava que já tivesse desaparecido. Apenas o perturbou a quem Harry compartilhou.
Harry pensou em voz alta que Tom gostava de chocolate e que se perguntava que outra comida Tom gostava.
Remus tinha uma ideia sombria de que outra substância Tom gostava e isso o perturbava.
Harry abriu o diário de Tom e sorriu com carinho para as pétalas aninhadas em suas páginas.
Remus disse a ele para não ir ao jardim de onde a rosa de Tom, mas Harry já havia prometido visitar.
Harry olhou para as páginas. A caligrafia de Tom era irregular e incompreensível para ele. Harry franziu o cenho levemente, percebendo agora que era muito pessoal para Tom dar a ele seu diário e era de senso comum que era rude ler o diário de outra pessoa, então era o melhor que Harry não conseguia entender os escritos. Ele colocou o diário cuidadosamente sobre a mesa em seu quarto.
Remus atirou no diário com olhares muito perceptíveis, mas decidiu que ele não tocaria, embora se sentisse culpado. Era de Harry agora e removê-lo não ajudaria. Ele notaria.
Harry mencionou que ele gostaria de ver Sirius antes de ir dormir e Remus concordou, seguindo-o.
Remus imediatamente tentou colocar Sirius ao lado dele na opinião de que Harry não deveria ver seu novo amigo chamado Tom novamente.
-"Ele machucou ele, Sirius."- Remus disse, apontando a cicatriz em forma de raio na testa de Harry que não estava lá esta manhã.
O que mais aconteceu além do encontro de Harry com Tom?
Harry, por sua vez, lutou arduamente para emitir sua própria opinião. Era de brincadeiras entre duas crianças, então era de se esperar. Não foi como se a cicatriz fosse fatal. Apenas uma marca muito distinta em sua testa.
-"Eu dei a Tom uma ou duas marcas também."- Harry insistiu. Ele deixou de fora que eles haviam desaparecido com suspeita rapidez.
Sirius estava entusiasmado por Harry ter feito um amigo e não ouviria nada de Harry precisando evitar Tom.
-"Você sabe, você me deu uma cicatriz quando nos conhecemos, Remus."- Sirius disse.
-"Sim, e vocês dois ainda se tornaram bons amigos!"- Harry disse, imediatamente se arriscando, embora esta fosse sua primeira vez ouvindo sobre isso.
Houve um silêncio constrangedor em que Harry assistiu Remus e esperou para ver se ele iria negar, mas Remus não podia dizer que ele não tinha assustado Sirius.
A expressão de Harry já estava triunfante. Ele tinha certeza de que veria Tom novamente.
[...]
De manhã, Remus cedeu em deixar Harry voltar e visitar a mansão, mas Remus insistiu que ele teria que acompanhá-lo.
Harry concordou, mas tentou dizer a Remus que Sirius não deveria ficar sozinho por muito tempo. Seria o suficiente para Remus viajar com Harry para a mansão, mas uma vez lá, Remus deveria deixar Harry lá por um par de horas e depois voltar para buscá-lo.
Remus imediatamente se irritou ao receber ordens de deixar Harry sozinho com o jovem lorde por horas. Harry mencionou o que já havia acontecido na biblioteca. Mas aqui Remus também capitulou. Ele não era realmente um facilitador.
Ele descobriu que o diário não seria deixado no quarto de Harry. O menino tinha levado para carregá-lo com ele, no bolso grande de um manto que poderia segurá-lo bem.
Eles foram de ônibus para a mansão.
Lá, Tom já estava esperando. Ele estava vestido de preto e era também a cor do guarda-chuva aberto que ele segurava contra o céu nublado. Seu cabelo era escuro, a pele branca e os olhos vermelhos.
Tom sorriu sinceramente quando viu Harry sair do ônibus. Ele não se incomodou em direcionar seu sorriso para o ladrão que destruiu um pouco de seu magnífico jardim, ao lado de Harry.
-"Tempo maravilhoso, não é?"- Tom disse em tom de conversa fiada.
-"Sim"- disse Harry, sem discordar. Ele olhou para as nuvens e sorriu antes de olhar para Tom novamente. Ele realmente gostava de tempo nublado e listou as razões, enquanto Tom ouvia com interesse. Havia a sensação de antecipação no ar pela possibilidade de chuva quando ele viu um nimbo, sendo capaz de ver nuvens de formas diferentes, e havia também as cores…
Tom ofereceu uma mão enluvada e Harry pegou com a própria mão enluvada sem hesitação.
Ambas as mãos de Tom estavam ocupadas. Uma segurava o guarda-chuva e a outra mão de Harry. Ele teria acenado adeus a Remus, zombeteiro.
Para sua alegria, Harry foi quem acenou com a mão livre.
-"Até mais, Professor Lupin!"-
Tom supôs que os dois já haviam discutido as coisas antes e Harry teve permissão para ficar sozinho com Tom.
Remus observou os dois se afastarem, um monstro segurando a mão do garoto que ele pensava e considerava como um filho. Ele amargamente se desprezou então, o que ele era e sua maldição. A razão pela qual ele havia tropeçado naquele lugar maligno e roubado suas rosas, ofendendo seu mestre, que então passou a se interessar pela pessoa que a rosa tinha sido entregada.
..........
Continua...
Desculpa os erros de ortografia!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Ouroboros
Fantasy[CONCLUÍDO] Era uma vez uma mulher que desejava ter um filho com o homem que amava, que teria sua pele de porcelana branca como a neve, suas bochechas rosadas vermelhas como sangue e seu cabelo negro preto como ébano. A criança não nasceu com as boc...