Entre Duas Eras.

Capítulo 32

[...]

-NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!! Eu estava em mim, mas não tinha controle da minha voz, e nem ouvi nada, só via as coisas...os olhares, estava completamente fora de mim (Os meus olhos não eram os meus, eu sentia-os diferentes) então sinto minha boca mexer, porém não sei o que estou dizendo, parece que estou em um corpo no qual não tenho comando de nada, e sim Elisabete!

    Estava tentando me concentrar nas conversas que os mesmos estavam tendo, porém estava vendo uma luz branca ligada a mim e a algo muito forte que estava na floresta, não tenho como ficar no mesmo corpo com outro espirito, então...resolvi seguir aquela luz...A luz estava ficando cada vez mais "fina" até que não consigo vê-la mais, porém, percebo que estou em um lugar um tanto "diferente" confesso que nem em meus sonhos/ pesadelos já tinha vindo até aqui...Estou em uma espécie de "caverna"mas está tampada por um tronco de arvore, mas a mesma está completamente acabada, não há ninguém morando aqui, bom, não sei...

   Ao entrar na caverna, me sinto diferente, parece que algo dentro de mim está querendo chorar, ou gritar, mas não dou ouvidos;Entrando na mesma, percebo que há umas esteiras de palha esticadas no chão, são três esteiras para ser exata, duas esticadas no chão e a outra enrolada encima das duas (Creio que era uma cama) olhando detalhadamente, era um lugar que moravam duas ou três pessoas, aparentemente...Uma espécie de cama ao meu lado esquerdo, umas "madeiras" apodrecidas ao centro da caverna, uma taboa em cima de duas pedras com dois tocos de madeira frente a frente (Ao meu lado direito), ando pela caverna, e confesso que aquela "aflição" havia passado, estava me sentindo "em casa" em um refúgio talvez, não sei explicar ao certo o que estou sentindo...confesso que estou tendo misturas de sentimentos...estava chegando perto de uma pedra gigantesca, a mesma tinha uma capa preta com um símbolo da estrela de Davi de cor roxa, fiquei tão fascinada com aquela capa, que não me contentei de só vê-la eu tive que coloca-la, parecia que precisava daquilo...e ao meu lado direito, vi em um pequeno baú (estava entre aberto) vi um livro médio, com a capa com a mesma cor que a capa, porém a cor da capa, era cinza, ao invés de preta, peguei o mesmo e senti que estava "completa" novamente, porém, faltava só mais alguma coisa, não sei o que necessária mente, mas me sinto incompleta, não por bem material mas sim, de alguém perto de mim...bom, sou retirada dos meus pensamentos com Elisabete dizendo:

-Vejo que está se interessando com este assunto, bom, só vim lhe avisar que seu "amado" está bem, fique tranquila, ele está seguro! Agora, você sabe o que estás a segurar? A mesma diz se referindo ao livro

-Não sei o que é, mas sei que ele está me deixando "confiante" e meio "segura" 'podemos dizer "quase completa" ! Digo

-Isso o que seguras, se chama grimório, ele é um livro de feitiços, sim, ele é de bruxas, mas este, é um livro exclusivo, este livro pertenceu a sua última reencarnação, e esta caverna era onde ela e seu amor viveram umas luas  desfrutando seu amor! Tudo isso que estais a usar, era seu de outra vida! Elisabete diz

-O que quer dizer com "Luas" isso significa anos? Pergunto

-Depende do que estas a falar, e não eles só viveram esse amor durante meses! Esse amor foi algo incrível, para todo o mundo da corte e do povoado, porém para alguns era lindo de se ver, já para outros...bom...nem tanto! Elisabete diz com um sorriso amargo

-O que houve? Pergunto

-Não posso lhe contar muitas coisas, não a gora! Mas o que posso lhe dizer, é que o amor dos dois era puro, sem malícia, sem medo, sem interesse material eles se amavam, e foi por "classes" que foram mortos brutalmente! Não saberá o que houve, não agora, por que está na hora de voltar! Elisabete diz séria

-Quero saber o final da história...! Digo

-E saberá, mas, no momento certo! A mesma diz colocando seu dedo indicador em minha testa, me fazendo acordar nos braços do Edu, o mesmo com uma cara de preocupado (Annnw ele é lindo...esses olhos...aii) o mesmo me ajuda a me levantar, e então de pé eu o olho e digo: