Don't You Remember ║Henry Cavill

Look Simple

Me desculpe, mas seu nome não está na lista senhor Williams. – ela olhou desconfiada para ele, sabia quem ele era, mas não fazia parte do seu trabalho questionar.

- Não? Tem certeza disso? – ele estava carregando a bebida, o que era meio constrangedor.

- Ele está comigo! – sentiu uma mão pesada e quente no ombro, e olhou para o lado vendo um rosto conhecido. – Pode deixar ele entrar. – o rapaz sorriu para a moça e lançou um 'joinha' para ela, em qualquer outra pessoa aquilo teria ficado brega. – Adam. – ele colocou a mão no próprio peito enquanto caminhava ao lado de Henry entrando no salão.

- Eu me lembro de você, só fiquei meio assustado quando te vi chegar assim. – Henry abriu um sorriso simpático acompanhando o rapaz, mas a verdade era que ele não tinha se lembrado de Adam até aquele momento.

- Seu nome não estava na lista? – ele caminhava ao lado de Henry entrando no salão de onde vinha um enorme barulho.

- Na verdade eu procurei como senhor Williams. – ele sabia que não estava na lista, o suborno a secretária não tinha dado certo.

- Ah, assim não estaria mesmo. Talvez devesse ter buscado por Kent. – ele tocou de maneira desengonçada com o cotovelo em Henry que apenas riu, sabia que seria mais provável Duque de Suffolk ou Charles Brandon, porém nenhum dos dois estaria ali com certeza. – Mas tanto faz, o bom é que você está aqui... – ele olhou para as mãos de Henry. - ...trouxe até um presente!

- É... – ele estava sem graça e ficou um pouco encabulado quando entraram no salão e alguns olhares curiosos se voltaram para ele.

- Bom... – Adam bateu no obro dele. - ...espero que não se importe em ser a atração principal! Agora se me dá licença eu preciso ir dar atenção para a minha garota.

Henry se despediu com um aceno de cabeça de Adam e ficou aliviado quando ele foi em direção a uma garota loira, alta como ele, a puxou e deu um beijo nela...pelo menos ele não era namorado de Annie, quem sabe poderia até mesmo ser um aliado para ele. Estava meio deslocado na festa, ainda mais segurando aquela garrafa que, disfarçando um pouco, acabou puxando apenas a fita e deixando em cima de uma mesa qualquer. Quando se virou acabou dando de encontro com a dona dos cabelos escuro que ele conhecia tão bem, ela sorria, tinha os lábios naturalmente vermelhos e usava um vestido prata de paetê, aquilo era muito diferente para a garota que ele conhecia que nem ao menos conseguia usar saltos direito. Resolveu se aproximar.

- Eu daria os parabéns agora, mas seu aniversário é só depois da meia-noite! – ele colocou as mãos nas costas dela e sussurrou, ele sentiu ela se assustar, não sabia se era pelo toque dele ou pelo sussurro, mas sabia que era por causa dele.

- Henry... – ela virou e tinha ficado um pouco pálida ao encará-lo.

- Surpresa!

- Você não foi convidado. – ela foi ríspida e grossa. – Como conseguiu entrar aqui?

- Seu amigo Adam me ajudou... – ele buscou Adam com os olhos e viu que o rapaz estava com a namorada assistindo a cena e acenou para ele que correspondeu.

- AH... – ela falou com certo desgosto e apenas balançou a cabeça. - ... por que não estou surpresa?

- Achei que ficaria feliz com a minha presença. – ele abriu um sorriso que saberia que ela ia gostar.

- A uns dois ou três anos atrás isso teria sido incrível Henry, mas hoje não. – ela afastou-se dele.

- Será que poderíamos conversar, não hoje, claro, um dia.

- Acho que já te dei essa resposta. – ela tocou o cabelo, estava um pouco nervosa.

- Achei que tivesse sido apenas uma reação 'de susto' ao me ver.

- Se eu pudesse ter a opção de nunca mais te ver, pode ter certeza que eu escolheria. – ela pegou voando uma taça de champanhe que passava e bebeu na mesma velocidade.

- Uau... – ele estava um pouco nervoso e decepcionado.

- Fique, aproveite a festa... – ela ia tocar no peito dele, porém recuou a mão. - ...eu não vou te expulsar porque causaria burburinhos, mas saiba que por mim você não é bem vindo. – ela ia se afastar, porém ele pegou no pulso dela, parando-a.

- Eu te trouxe um presente... – ele pegou a etiqueta que estava na garrafa e entregou a ela.

- O que é isso?

- Leia. – ele a soltou.

- 'Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário. – Napoleão Bonaparte' – ela leu em voz alta sem entender. – Que porra é essa?

- Eu trouxe um vinho, sabe, isso é uma frase de Napoleão a respeito do vinho, mas eu tinha quase certeza que tinha pego uma etiqueta melhor. – essa última parte ele sussurrou para si mesmo.

- Meu Deus... – ela revirou os olhos ao virar a etiqueta e encontrar do outro lado uma espécie de símbolo que ela reconheceu ser algo referente a família dele. – É tudo sobre você sempre, não é? – ela praticamente jogou a etiqueta nele. – Você já foi melhor com presentes, e sobre estar presente também. – o tom da voz dela ficou um pouco mais embargado, ela virou e trocou rapidamente a taça vazia de champanhe por uma cheia e saiu da vista dele.

- Os bombons e as flores talvez tivessem sido melhores. – ele falou se abaixando para pegar a etiqueta e ouviu um barulho de microfone.

- Atenção, atenção... – um rapaz todo tatuado estava no centro do salão, Henry olhou para o caro relógio no pulso que marcava 2 para a meia noite. - ...eu sei, eu sei. – ele falou para alguém que avisou sobre a roupa que ele arrumou. – Annie, cadê você?

- Está aqui! – Adam a empurrou até o rapaz que a pegou pela mão ajudando-a, a garota tinha acabado de tropeçar por conta dos saltos.

- Parece que alguém não aprendeu a lidar bem com eles. – Henry disse para si mesmo tentando disfarçar o que aquele gesto poderia significar, porque sabia que ele mesmo costumava ajuda-la.

- Ei, você... – o rapaz tocou a bochecha dela que estava vermelha, ela havia recuperado a cor.

- Ei, você... – ela repetiu e o viu se ajoelhar, ficando mais vermelha ainda quando alguns gritos surgiram.

- Sabe o que isso significa, não é? – ele segurava a mão dela, tirou o microfone do bolso por alguns segundos e pegou uma caixinha vermelha d bolso.

- Ontem a noite...

-...foi um ensaio verdadeiro. – ele completou e ela colocou as duas mãos cobrindo o nariz, iria começar a chorar. – Não sei se foi tão especial, mas eu queria fazer isso duas vezes, uma só entre nós e outra entre todas aquelas pessoas que a gente ama. – ele abriu a caixinha. – Annie, amore mio, você quer...

Henry não esperou a resposta, sabia exatamente o que viria a seguir, guardou a etiqueta no bolso e saiu andando rápido antes do desfecho daquilo ou e que alguém desse falta dele, embora a única pessoa que poderia fazer isso não se importava.