— Capítulo dois: Os rebeldes —.
Ja se passavam umas duas horas em que estavam dirigindo sem fazer paradas, Nate se mantia em choque no banco de trás de vez em quando falava algumas coisas mas falava tão baixo que ninguém entendia, Tommy recarregava e carregava a arma em sua mão parecendo treinar suas habilidades, Avery dirigia tão concentrado na estrada que Marie pensou que tivesse dormido de olhos abertos naquela posição.
—Aquilo foi irado!— exclamou Nate de repente fazendo Avery sair um pouco da estrada e Marie olhar para o garoto assustada. — Aonde foi que você aprendeu aquilo?
— Jura que de tudo que está acontecendo, você está focando no que Marie fez? — Tommy repreende o irmão, fazendo o mesmo revirar os olhos.
— Eu sei, eu sei, mas prefiro pensar no quanto Marie foi maneira do que no acontecimento da festa...— ele pausa e olha para fora
Marie olha pelo retrovisor e percebe que Nate estava a ponto de entrar em estado de choque novamente, então a garota começa a falar.
— Quando era pequena, meu pai...– Tommy percebe que a garota fica tensa e seus olhos marejam ao mencionar seu pai, ela pisca duas vezes e balança a cabeça e logo volta a falar. – Meu pai me ensinava a atirar com arco e flecha, era seu esporte favorito, passávamos a tarde inteira treinando em latinhas e em tronco de árvores, ele dizia que era uma forma de aliviar a tensão.
A garota faz uma pausa e sorri para ela mesma, Avery desvia o olhar rapidamente da estrada para conferir Marie, ela continua a falar.
— Minha mãe sempre achou perigo, uma menina de apenas sete anos ja mexendo com coisas pontudas e letais, sempre ouvia suas brigas com meu pai ao final da tarde quando ia ao meu quarto, ela ficava tão brava. – ela coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e reparou que ja estava sem touca, havia caído durante a confusão. — Ela era médica, prometi que quando tivesse idade suficiente estudaria o máximo para me tornar como ela, quando fui aceita no curso de enfermagem, jurei que ela soltaria fogos de artifícios, ela ficou tão feliz.
Os meninos não tinham coragem de falar nada, nenhum deles queria quebrar a zona em que Marie estava entrando, Tommy tinha seus olhos focados no retrovisor observando atentamente a garota que um dia detestou.
Marie passa as mãos pelo cabelo e repara na mancha de sangue no seu braço por conta da menina na festa, ela solta um longo suspiro e fecha os olhos e desvia o olhar para a janela observando as as casas que antes eram brancas e com os degraus coloridos, estavam todas pintadas de sangue, havia corpos por todos os cantos, seus pais estavam mortos, eles iriam apodrecer no chão da sala, não teriam um funeral decente, a garota nunca mais treinaria sua técnica de pontos na casca de banana com sua mãe e muito menos treinaria com seu pai.
Tommy percebendo a dor que Marie estava sentindo decidiu puxar a atenção para ele.
— Meu pai costumava dizer que : " A verdade esta sempre nas estrelas" , que se você se sentir confuso, triste ou ate mesmo perdido sem saber um rumo, era so olhar para as estrelas. – Nate olha para o irmão. — A gente vai sobreviver a isso, tenho certeza.
— Contanto que a gente permaneça junto... — completou Avery.
Marie coloca sua mão esquerda no joelho de Avery e sorri de lado, que retribui o sorriso sem tirar os olhos da estrada.
Ninguém falou mais nada, mas sabiam que não importasse o que acontecesse eles teriam um ao outro, eles eram uma família agora.
—3150 — tempo atual —
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dust and Fire | COMPLETED
General Fiction| SHORT FIC | Era o ano de 3150, o mundo mal estava vivo, dois anos atrás o mundo foi parcialmente destruído pela 6° Guerra Mundial, um dos generais do norte (antigo canada) lançaram um gás para o mundo, mas o que ele não sabia, que fazendo isso ini...