Wade
No minuto em que abro a porta do banheiro, meus olhos começam a buscar por Beth novamente. Franzi a testa ao não encontrá-la em lugar nenhum, e ando pelo ginásio, buscando a menina.
Quando estou na pista de dança, porém, no exato lugar onde, apenas alguns minutos atrás, eu estava dançando com a pirralha, uma mão aparece em meu ombro. Alarmado, eu viro em direção a pessoa, apenas para encontrar Clarke me encarando com uma sombrancelha arqueada.
"Hey, você viu Beth?" Ela pergunta, e eu imediatamente entro em alerta. Pirralha não iria a lugar nenhum sem avisar Clarke antes, eu sabia disso. Nego com a cabeça, rapidamente procurando Lizzie com os olhos na multidão.
Meus olhos encontram os de Clarke, e eu vejo o mesmo medo que eu sentia lá dentro. Assenti com a cabeça, já sabendo que iríamos sair dali, e começo a andar em direção a saída, sabendo que Clarke iria me seguir.
Abro cominho entre os alunos, sem me importar quando empurro alguns deles, e rapidamente estou do lado de fora. Meus olhos buscam Beth em algum lugar perto, mas não consigo encontrá-la. Amaldiçoei mentalmente enquanto busco o meu telefone em meu bolso e disco seu número.
Toca repetidas vezes antes de ir direto para a caixa postal, e eu xingo em voz alta. Mando uma mensagem para seu número, esperando que ela atenda.
W: Aonde infernos você está, garota?
Estou indo guardar o telefone de volta no meu bolso quando ele apita, indicando a resposta da mensagem. Franzi a testa e leio.
B: Hey, Wade. Estou bem, relaxa. Saí dessa festa porque tava um saco, estou me divertindo mais agora... Te vejo mais tarde.
Sei no segundo em que li a mensagem que nada estava bem. Lizzie nunca, nem uma vez desde que éramos crianças me chamou de Wade. Era sempre Jace, ou idiota... Sim, nada estava fodidamente bem.
Olho para Clarke, e sei que ela viu o medo em meus olhos no segundo em que seu corpo treme um pouco. Eu podia ser um frio filho da puta quando queria, mas eu não podia esconder o medo que sentia agora. Não com Lizzie.
Disco o telefone do meu irmão, torcendo para que ele atenda. Skull sabe que, na situação em que nós dois estamos agora, eu não ligaria por nada. Tinha que ser algo fodidamente importante, e torço para que Will saiba disso.
"O que foi, Wade?" Sim, ele sabe disso. Suspiro.
"Preciso que rastreie o telefone de Lizzie. Rápido." Digo, torcendo para que quem quer que esteja com a minha pirralha, o que eu tenho uma maldita ideia de quem seja, não tenha quebrado seu telefone por agora.
"Tenho o aplicativo de localização de seu telefone... Aparentemente, ela está na escola. Vou te mandar uma foto... Wade, não faça nada sozinho. Vou avisar Loki que alguma merda aconteceu e chegamos em alguns minutos. Espere, porra, estou falando sério." Eu desligo a ligação, e acho que meu irmão sabe muito bem que estou indo encontrá-la agora.
Recebo a notificação de mensagem, a foto da localização de Lizzie, e percebo que a menina está dentro do colégio, provavelmente em alguma sala de aula. Suspiro e olho para Clarke.
"Fique aqui, ela está dentro da escola... Loki e Skull provavelmente vão chegar daqui a pouco." Digo, mas antes que eu possa dar alguns passos, Clarke segura o meu braço, me impedindo de ir. Olho para seu rosto com a testa franzida e ela suspira.
"Se você acha que vou deixar você ir sozinho para lá, está muito errado. Gamma ou não, Beth também é minha melhor amiga, Wade. E não quero ver você, ou ela, mortos." Fala, e posso ver em seus olhos que não vou convencê-la a ficar aqui. Sinceramente, nem tenho o tempo para isso.
Suspiro em derrota e ela solta meu braço. Vejo a menina alcançar sua coxa, mas antes que eu possa perguntar o que está fazendo, tira duas facas de lá. Claro.
"Só fique atrás de mim e não morra, garota." Murmuro, e um sorrisinho aparece em seu rosto. Rolo os olhos e pego a pistola que eu tinha na parte de trás do meu jeans, aceitando o conforto que a arma me trouxe.
Aceno para Clarke, e vejo a garota tirar seus saltos. Inteligente, considerando o barulho que isso faria. Olha para mim e nós dois caminhamos em direção a escola, meu coração batendo forte em meu peito.
Eu tinha uma forte ideia de quem tinha Beth agora, considerando que Juan também magicamente sumiu do baile. Mas eu não podia pensar nisso agora, porque tenho que ver as coisas com clareza. E eu ficaria com raiva demais para ver qualquer coisa com clareza.
Suspiro conforme nós entramos nos corredores vazios da escola, o barrulho que tinha da festa lá fora abafado pelas portas, substituído por um silêncio arrasador.
Eu faço sinal para Clarke parar, tentando ouvir qualquer coisa em algumas das salas. Suspiro quando não recebo nada, e vejo novamente a localização de Beth no meu telefone.
Não era preciso o suficiente para que eu veja em que sala ela está, ou em que andar, e xingo internamente. Boto o telefone em meu bolso no mesmo segundo em que o barulho de algo quebrando ecoa, vindo do laboratório de ciências a algumas salas de nós.
Olho para Clarke, e a menina assente, indicando que iria me seguir, e nós dois caminhamos silenciosamente até a sala.
Parando a mais ou menos um metro da sala, suspiro. Ao mesmo tempo em que abro a porta, destravo a pistola e aponto em direção a pessoa na minha frente.
Juan estava encostado no balcão na frente da sala, um sorriso torto em seu rosto, e uma arma na mão... Uma arma que apontava para a cabeça da minha pirralha, que estava sentada no chão a sua frente, um olhar de ódio no rosto, que eu sabia que era dirigido a Juan.
Eu era muito bom em julgar as pessoas e, olhando nos olhos desse filho da puta aqui, eu sabia que ele não iria hesitar em atirar em Lizzie. Tinha uma pequena chance que eu fosse rápido o suficiente para atirar em sua cabeça antes que ele possa apertar o gatilho, mas nós dois sabíamos de uma coisa.
Eu nunca ia arriscar a vida de Beth desse jeito. Então, em vez de explodir seus miolos bem ali, eu abaixo a minha arma. O sorriso do merdinha cresce.
"Olha quem se juntou a nossa festa."
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Gamma- Death of Angels 3
RomanceIrritante. Pirralha. Vadia. E completamente minha. Quem é essa? Seu nome é Elizabeth Andrews, mas eu a chamo de Lizzie. A menina é como uma dor na bunda, literalmente. Eu a odeio quase tanto quanto eu a quero. Mas eu podia ignorar esse desejo. Quan...