The Jewelry

Capítulo 3

  - Levi -

Limpo minhas lágrimas rapidamente antes de sair do meu esconderijo.

Para minha alegria, Erwin havia desistido de me procurar quando me perdeu de vista.

"Droga... Aquele maldito sobrancelhas!" choro

Eu sabia que ele era hétero e também tinha ideia de qual seria a resposta. Mas, mesmo assim, doía ter que ouví-la de sua boca!

E teve também aquele homem lá que não tinha nada a ver com a história, mas pagou o preço junto. Acho que se eu o encontrasse, deveria pedir desculpas pela grosseria.

Continuo andando pelas ruas desertas naquela maldita noite até encontrar um banco solitário em frente a um rio.

Me sento lá e abaixo minha cabeça, "Que saco..." sussurro quando senti novamente as lágrimas molharem minhas bochechas.

"Isso dói..." choro ao tocar em meu peito, bem em cima do meu coração.

"Por que todas as pessoas que eu amo, não me amam ou simplesmente morrem? Eu só queria que alguém pudesse me amar... É pedir muito?" falo ao olhar para a lua solitária no céu.

"Dizem que as estrelas mais belas sempre ficam sozinhas para que seu brilho não seja ofuscado..." fala uma voz atrás de mim

Me viro rapidamente apenas para levantar minha sobrancelha ao "reconhecer" aquele homem de algum canto.

"Eu acredito que esse seja o seu caso." termina indiferente

"Me poupe desse charminho." retruco firmemente ao voltar minha atenção para o rio.

Logo ele irá embora quando perceber que quero ficar sozinho.

"Lamento. Não sou bom com palavras." diz ao se sentar do meu lado e olhar fixamente para o rio.

Depois de suas palavras, continuamos em silêncio observando a paisagem até que eu descobrisse de onde eu o conhecia.

"Você é aquele homem, não é?" pergunto cabisbaixo, "O homem que derrubei as batatas fritas... Me desculpe por isso. Se veio até aqui para pedir reembolso, lamento informar, mas estou sem grana agora. Mas irei pagar suas batatas fritas outro dia."

"Não lembro de ter pedido dinheiro ou coisa do tipo desde que cheguei aqui." retruca

"Então... Por que me seguiu?" pergunto indiferente

"Você parecia triste. Queria te ajudar a melhorar."

"Então, desista. Nada vai funcionar. Ações ou palavras gentis não irão me ajudar em nada."

"Eu sei disso. Por isso estou ao seu lado quieto, estou esperando você falar algo." explica

"E o que te fez pensar que eu me abriria pra um completo estranho?!" pergunto irritado

"Vai saber. Pessoas tristes têm uma mania incrível de falar para os outros seus problemas. Pensei que isso serviria à pessoas do seu tipo. Idiotas que acreditam em amor e tals..."

"Você apenas... Seguiu um completo estranho para tentar ajudá-lo." sussurro calmamente, "Acho que você é outro idiota."

"Talvez eu seja... Ou talvez não. Nunca se sabe o que se passa na mente de alguém." cantarola

"Isso é verdade." concordo e ele suspira

"Sendo assim... Se não posso te ajudar, isso é um até logo." fala se levantando e saindo.

"Até logo?"

"Eu não comentei nada sobre as batatas em respeito a sua tristeza, mas isso não significa que não vou te procurar para comprar outras." fala indiferente.