Capítulo 2

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- Mãe! Eu senti falta de você! - disse Faith, indo abraçar ela.

Ambas já tinham 7 anos.

Sua mãe ia e voltava, e a razão de voltar agora, era porque o aniversário das duas seria no dia seguinte.

Hope e Faith não tinham amigas, óbvio. Não iam para a escola, e nem saiam de casa.

Então, normalmente, eram apenas elas, Hayley e Mary.

Já era tarde da noite, uma da manhã. Hayley colocou as filhas na cama e Mary a abordou no corredor.

- Hope e Faith precisam ir para uma escola. - disse Mary, e Hayley bufa.

- Não, é muito perigoso e você sabe disso. - disse Hayley, descendo as escadas.

- Bem, elas sabem disso. E não são mais tão controláveis como eram. - disse Mary.

- Elas estão exatamente do jeito que eram!

- Hayley. Eu convivo com elas. Faith nunca foi controlável e você sabe disso. Mas a cada dia ela se aproxima mais e mais de conseguir encontrar qualquer pessoa. E, por mais que Hope seja uma garotinha doce que obedecia a todos... eu consigo sentir que ela está ajudando Faith. Elas vêem filmes. Elas lêem livros. Elas sabem que todas as crianças tem pelo menos uma amiga.

- Elas não vão para nenhuma escola! Elas não conseguem nem se controlar usando um bracelete que impede elas de fazerem magia! Metade do mundo está procurando por elas! E isso não é nem o começo da explicação do porquê que isso é uma má ideia.

- Tudo bem. Você é a mãe delas. Mas ainda acho que você está fazendo um erro.

Dia 3 de Maio:

- Eu tenho que ir, queridas. - disse Hayley, olhando para os rostos das gêmeas.

- Mas acabamos de fazer 7 anos! -disse Faith.

- Pois é! Não podemos ficar juntas só essa semana? - pergunta Hope, encarando com aquele olhar triste que fez sua mãe suspirar.

- Queridas, vocês não sabem quão perto estou de conseguir trazer todos de volta. Seus tios, suas tias e até mesmo seu pai. - disse ela, fazendo Faith e Hope olharem para os pés. - Eu estou tão perto! Logo poderemos ficar juntas novamente. Para sempre. Juntas de sua família. - disse ela, estendendo o mindinho para as meninas, que juntaram os seus mindinhos. - Agora, obedeçam a vovó Mary, como sempre.

Faith esperou sua avó sair paa puxar sua irmã.

- Aw! - disse a ruiva, confusa ao ver que estava no portão da casa. - O que nós...

- Sh! Eu tenho uma ideia. Para termos amigos. Eu coloquei tipo, um feitiço no suco da vovó Mary. Ela vai dormir por pelo menos um dia.

- E se ficarmos em problemas? - disse a ruiva, ambas já andando na trilha da floresta.

- Nós duas juntas somos mais poderosas que 500 vovós Mary's. - disse a loira, zombando e voltando a andar. - Veja... aqui em New Orleans todo mundo nos odeia. Mas eu estive pensando! E em Mystic Falls? Há muitos sobrenaturais. E aposto que ninguém sabe nosso sobrenome.

- A distância entre New Orleans e Mystic Falls é gigantesca. A do tipo em que você não pode atravessar andando em um dia, mesmo com poderes sobrenaturais. - disse a ruiva.

- É essa a razão pela qual nós não iremos usar os poderes de vampira e lobisomem, bobinha! - disse Faith, num tom carinhoso que fez Hope revirar os olhos. - Por que usar esses poderes que não foram completamente ativados se temos um que está? Só precisamos remover o bracelete por um minuto.

Hope achou uma péssima ideia. Mas era pior ainda ter apenas de amigos sua família (que mais tarde descobriria que seriam os únicos com os quais contaria), e logo concordou com a loira, que deu pulinhos de alegria.

Elas deram as mãos, imaginaram o local e logo se deram em Mystic Falls.

Colocaram os braceletes quase que simultaneamente, o que fez ambas sorrirem. Elas estavam num parquinho.

"O lugar perfeito para fazer amizades", de acordo com Faith.

- Veja! Duas meninas. De cinco anos, mas não interessa. Uma melhor amiga para cada! - sorriu Hope e Faith concordou.

Ambas foram em direção à loira e à morena.

- Oi! - uma mulher loira que estava com as meninas sorriu.

- Olá, meninas. Onde estão seus pais?

- Minha mãe está numa viagem e meu pai... nós não temos muita certeza. - diz Faith. Ela ainda guardava o papel em seu bolso que mostrava que seu pai realmente estava em perigo. Mas como contar isso à Hope?

- Hm... quem está com vocês?

- Minha avó. Mas ela adormeceu no banco da praça. - continuou mentindo Faith. Hope se perguntou quantas vezes a irmã fez isso com ela. - Nós estamos procurando novos amigos.

A morena sorriu e a loira fez cara feia.

- Qual o nome de vocês?

- Hope. - disse a ruiva.

- E Faith. - completou a loira. - Nós somos gêmeas. Fraternas, não idênticas.

- Como nós! - disse a morena, mas a mulher que as acompanhava franziu as sobrancelhas.

- Elizabeth e Josette Saltzman. Eu sou Caroline Forbes. - disse a mulher.

"Agora temos que dizer nossos sobrenomes", disse Hope em um sussurro desesperado para a irmã.

- Nós somos Hope e Faith Marshall. - disse Hope, quando viu que Faith possivelmente diria o verdadeiro nome.

- Como Hayley Marshall? - sorriu Caroline, se divertindo com a situação de nervosismo das garotas.

- Você conhece ela? - Hope pergunta, e Faith recua, puxando o braço da irmã, que a ignora.

Faith se lembrava claramente que sua mãe só tinha inimigos, como todos naquela família, e qualquer um que soubesse o nome dela e relacionasse ele ao delas pode ser um inimigo.

- De um longo tempo atrás. Deixe eu adivinhar. Vocês são as filhas de Niklaus Mikaelson.

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