Capítulo 7

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- Faith Marshall? - pergunta o professor. - Sobre o que eu estou falando?

Disse ele, ao ver a loira totalmente confusa.

Hope passou um bilhetinho rapidamente para Faith, que o leu em voz alta.

- Sobre a guerra entre os lobisomens e os vampiros. - disse a loira, que sorriu para o professor e para a irmã, que retribuiu.

Faith se sentou numa das mesas do refeitório, a mesa das bruxas, é claro.

Hope tinha ido ao dormitório fazer alguma coisa que Faith não se lembrava.

- Oi! - disse Lizzie.

- Você quer esfregar na minha cara novamente que sabe quem são meus pais e quer um favor para que não conte para ninguém? - a loira pergunta. - Eu já disse para sua mãe que você está me chantageando.

Lizzie apenas a encarou com raiva antes de desaparecer.

- Ela estava tentando fazer amizades. - disse Josie, a única que sobrou. - Mesmo sendo a razão pela qual nosso pai e nossa mãe criou essa escola, ninguém liga para nós.

- Se ela queria fazer amizades, ela deveria começar dizendo "Oi, tudo bem? Qual o seu nome?" e não dizendo "Eu sei que você é uma Mikaelson, faça-me um favor..." - a morena só sorriu de lado para a loira, e saiu de cena.

Ser chamada pelo sobrenome Marshall não era tão ruim, mas não era tão bom para Faith.

Ela sempre quis ir para a escola, mas essa escola... ela... não tinha ninguém exceto Hope.

Foi quando uma morena se sentou ao seu lado.

- Oi, Faith... - disse ela.

- Oi, Penelope. O que há de errado?

- Nada... é só... que eu acabei de entrar na escola e... me disseram que você já está aqui há 3 anos, basicamente quando a escola tinha sido fundada.

- Sim. - disse a loira sorrindo. - Então... qual a sua dúvida?

- Bem, eu tenho montanhas delas!

A loira sorriu e caminhou com a morena pela escola, explicando tudo, sobre como ela funcionava, seu verdadeiro propósito, sobre os alunos...

E assim, a amizade começou.

Faith e Penelope, como irmãs, grudadas uma na outra, andando pelos corredores da escola, pensando no que fazer todos os dias.

- Nós poderíamos fazer uma pegadinha com o pessoal do 3° ano. Não incluiria apenas Lizzie Saltzman, e eu posso convencer todas as bruxas do nosso ano. - disse a morena, sorrindo.

- Sim. Definitivamente. - disse a loira, e a ruiva apareceu.

- Eu estou dentro. - disse Hope, sorrindo.

- Sim! Já somos três. E a Peez, aqui, é muito popular entre as bruxas. - disse Faith, apontando para Penelope.

- Sim. Eu estou indo. Vejo você logo! - disse, dando um abraço de leve na loira.

- Então? Qual o plano?

- Uma pegadinha. Assustar aquelas crianças. Nada de mau. - disse Faith, abraçando de lado a irmã.

- Okay. Então eu definitivamente participarei.

Alguns momentos depois, todas as bruxas do quinto ano estavam prontos para fazer uma pegadinha no pessoal do terceiro ano.

Todas se divertiram muito com a situação, principalmente quando Lizzie começou a ficar desesperada, mas tudo acabou quando Josie descobriu que era tudo ilusões criadas pelas bruxas.

Aquilo rendeu uma punição severa, mais grave do que normalmente seria, e Faith sabia a razão.

Lizzie foi chorar para seu pai, dizendo que a torturaram psicologicamente, entre outros dramas.

Embora Lizzie adore dizer que Alaric dá mais atenção à Hope, afinal, a garota só tem sua irmã de amiga, ele sempre foi parcial nessas decisões. Qualquer coisa que alguma das três fizessem, e envolvessem Lizzie chorar, era algo que rendia uma punição fora dos limites.

Por causa daquela pequena brincadeira, ambas voltaram para casa com uma suspensão.

Hayley deu um sermão de como elas poderiam ter traumatizado uma criança, mas logo depois se tornou a mesma mãe dócil que sempre foi.

Faith, ao ficar em casa, quase nunca saía de casa.

Levava alguns grimórios para a escola quando podia arrumar suas coisas para voltar à escola, e era basicamente aquilo.

Aproveitava os dias de folga para assistir todas as séries que lançavam e os episódios que faltavam para acabar com aquelas que ela já assistia.

No fim, ela começou a fazer muitas coisas consideradas ruins pela escola, só para tirar um tempo do local.

Era o que ela chamava de "brecha".

Eles nunca podiam expulsar a menina, principalmente filha do principal doador, a não ser que ela matasse alguém por sangue frio.

E assim, ela passava os dias, fazendo provas, conversando com Penelope, planejando novas pegadinhas e sendo suspensa tantas vezes que Hayley não tinha mais o que dizer quando a loira voltava para casa.

Até que um dia, aos seus treze anos, ela bolou um plano que poderia fazer ela esperar a vida inteira...

Trazer sua família de volta.

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