Tu és a minha tinta amarela. Minha Noite Estrelada.
Me faz pensar ter felicidade e amor ou, pelo menos, tento acreditar nisso.
Tu és a minha tinta amarela. Minha madrugada.
Me transmite uma sensação de estar bem, bela e anestesiada.
Enquanto me estraga por dentro, me acabas.
E, assim como a tinta intoxicava Van Gogh, tu me intoxica.
Contamina-me com teu sorriso torto e teus palavrões criativos.
Fazendo-me confusa. Louca.
Num Café à Noite na Place Lamartine.
Entrando em colapso, em transe.
Sempre rouca, por gritar-te piedade.
Van Gogh e eu temos em comum, das mais variadas coisas
a arte, o talento, o gosto e a esperança por algo
que de alguma forma nos faz mal.
Hipertensos consumindo exageros de sal.
Mantendo esperanças no que não é real.
Bebendo tintas. Ouvindo mentiras.
Ele com suas tintas, que o inspiravam alegrias.
Eu contigo e tuas mentiras. Que me inspiram poesias.
Ambos ficando loucos e em surtos,
quebrados em um Quarto em Arles.
Amarelos pirados em Flores de Amendoeiras.
Íris.
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Hey, Poesia.
Poetry"A poesia leva o extra ao ordinário..." (Guilherme Antunes). Um livro onde amores cotidianos, de rua, de esquina, poeira de estrelas, músicas e flores se encontram na portaria da casa e reúnem poesia, renascendo sentir. Vem cá, aconchegue-se, deixa...