Eternal sacred blood

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Meu nome é fenrir, sou o filho mais velho de loki o deus da mentira, vivo aqui em São Paulo a aproximadamente 30 anos, graças a esse maldito castigo, que meu pai acredita ser uma forma de me punir por não querer ser oque ele quer.
O mundo dele é diferente do meu, tudo oque vejo, ou melhor tudo oque ele me deixa ver é simplesmente oque ele quer que seja meu destino sombrio e sem vida, vivendo aqui conheci pessoas horríveis que só brincaram comigo e me fizeram de fantoche, traindo por fim minha confiança e me transformando em um ser deplorável e que odeia a existência humana, basicamente tudo que meu pai mais queria.
Por mais incrível que possa parecer meu pai tem razão, os humanos não prestam, são seres que não possuem sentimentos um pelo outro, tudo que eles querem é saciar seu desejo, seja ele por carne ou por coisas materiais, eles sempre querem mais, nunca estão satisfeitos.
A mais ou menos 2 anos atrás conheci uma garota, ela era fantástica, Branca, olhos azuis, cabelos caramelados com as pontas um pouco mais claras quase loiros, longos que chegavam até o quadril, típico de garota de filme, quando nos conhecemos foi algo por acaso, eu estava em uma festa, andando e bebendo, não fico bêbado então virava tudo que me ofereciam, nessa festa havia um cara que eu havia conhecido também por acaso, ele me ajudou a fugir da Polícia depois de uma dessas festas que durou a madrugada inteira, Herick é seu nome real, mas todos o chamavam de fantasma, nunca entendi direito porquê, diziam que era porque ele sempre fugia, não importa de quem ele sempre sumia fácil.
Enfim estava na festa com o ghost, bebendo, se divertindo e conversando, ele me dissera que iria finalmente me mostrar algo mágico, eu por ser de outro mundo fiquei empolgado so de ouvir a palavra magia, mas oque ele me mostrara era uma garota que sem dúvida nenhuma era mágica, afinal conseguirá prender minha atenção apenas nela, dentre todas as garotas da festa inteira, eu fiquei fixo apenas nela, ela não percebera, pois ficava a desviar o olhar ou fingia conversar para que ela não visse que eu a vigiava, queria tanto te-la para mim, estava me tornando aquilo que mais odiava um humano, com desejos carnais e pervertidos para com uma dama daquela magnitude, ela me encarava também, sentia seu olhares me perfurarem não só uma ou duas vezes, na verdade parecia comigo, olhava, ficava maravilhado e depois disfarçava pra não dar tão na telha assim.
Algumas horas da festa se passaram, Ghost então me olha nos olhos e um pouco alterado da bebida me pergunta gritando para a festa ouvir

-Fenrir por que você ainda não foi lá falar com ela? que porra, até parece uma criança com vergonha

Minha vergonha naquele momento era inexplicável, não sabia onde enfiar minha cara, então simplesmente tomei mais um copo de whisky e finji que não era comigo.

Mais um tempo se passou na festa e apenas eu e a moça estávamos sóbrios, apenas olhando o caos que ali havia se criado, Ghost já não se aguentava em pé, de tanta birita que tomara, eu só o olhava com uma vontade louca de rir, mas por ser meu "amigo" decidi apenas ajuda-lo a se sentar no Banco do balcão do bar, tento mante-lo acordado, dando leves tapas em seu rosto, ele logo me devolve um forte no meu e ainda me chinga de Puta por estar ali e não com a moça, que também só estava acompanhando uma amiga, louca demais por causa das bebidas fortes que pedira.
Eu olho em volta e todo mundo da festa caíram desmaiados ao chão, eu olhava aquela cena normalmente, por já ter me acostumado com aquele tipo de festa, já o rosto assustado da jovem moça, só me distraía mais, ela tenta chamar sua amiga para ir embora, mas a tal amiga estava muito grog e perdida, decido então criar coragem e ir ajudar, com passos pesados e rígidos cheio de vergonha, respiro fundo e pergunto com calma e centrado em seu belo rosto:

-O-oi eu sou Fenrir, será que eu posso ajuda-la com sua amiga

Vejo seus lábios abrirem e começam a pronunciar suas palavras

-Não obrigada, está tudo bem

Seu tom sarcástico, da a entender que eu sou um incômodo ali

-Eu insisto, quero ajuda-la com sua amiga, pelo menos até seu veículo

Ela me olha desconfiada, seu olhar sério fixado ao meu com um certo tom de vergonha, ela dá uma bufada de lado

-Muito bem Fenrir, muito obrigado pela ajuda

Pego sua amiga em meus braços, a segurando firme para não cair, seguimos até seu carro

-E então minha cara por que uma moça como você viria a um lugar desse?

-Vim acompanhar minha amiga, nada mais

Sua voz ainda mostrando desprezo pela minha presença

-Entendo, ela é uma boa amiga pra te trazer até esse lugar horrível?

Percebo seu olhar sério e fico quieto, olho para o rosto de sua amiga que cochilara em meus braços, sinto um leve apalpar em meu tórax, olho para o mesmo e a mão da amiga da jovem moça estava a me tocar e apertar, ainda meio sonolenta ela disse

-Amiga, olha que homem mais gostoso

Ao ouvir tais palavras, coro de imediato, disfarçando o olhar para o céu estrelado, A jovem moça ri para si com uma mão na boca

-Agora você ri neh?

-Foi engraçado, só isso

-Quer dizer que é mentira dela?

-Eu não disse isso

-Mas também não disse que não, a propósito, qual seu nome senhorita?

-Yasmim Mello

-Que belo nome

-Obrigado

Percebo seu rosto corar um pouco ao me ouvir dizer aquilo.
Não demora muito depois daquilo e chegamos até seu carro, um celta Branco, ela abre o carro e com cuidado coloco sua amiga no Banco de trás deitada e confortável

-Prontinho, agora está entregue

-Obrigado de novo, Fenrir neh?

-Isso mesmo e de nada, era o mínimo que eu poderia fazer

Ela sorri e entra no carro, o ligando e indo embora, vejo seus faróis trazeiros virarem a esquina, abro um enorme sorriso de felicidade.
No susto lembro que deixei Ghost sozinho na festa, desesperado volto ao local da festa, olho em volta e no bar onde eu o deixara, mas sem sorte de encontra-lo

-Droga ele sumiu de novo, oh mania feia do Caralho.

Ao chegar em casa, que não era uma grande coisa, era uma casa relativamente grande, meu pai fazia questão de cuidar de mim, sempre deixava ou pedia pra seus escravos humanos deixarem comida e uma mala com dinheiro para que eu pudesse fazer oque eu quisesse, entediado, me sento a minha cama com ambas as mãos na cabeça me concentrando e pensando no que fazer agora e quanto mais tempo terei que ficar aqui nesse mundo horrível.

Fenrir Uma história não contadaOnde histórias criam vida. Descubra agora