naked - one shots (junic/samurocas)

4 • samurocas

au: onde samuca e marocas são melhores amigos e ele é apaixonado por ela, mas ela vai se casar com emilio.
inspiração: o grande amor da minha vida (convite de casamento) - gian e giovani.

Era tarde da noite e Samuca voltava pra casa após um longo dia de trabalho. Jogou seu casaco no braço da cadeira da sala de jantar e puxou para si as cartas de correio que estavam em cima da mesa.

— Conta de luz, água... — ele lia alto enquanto passava as cartas pela mão. — O mesmo de sempre.

Ele deu de ombros e jogou novamente as cartas as espalhando em cima da mesa, estava quase saindo para ir tomar um banho, mas um brilho estranho refletiu em seus olhos. Ele puxou a carta que "brilhava" para si e respirou profundamente: Casamento Emilio e Marocas escrito em grandes e belas letras douradas.

Samuca e Marocas eram melhores amigos de infância, moraram e cresceram na mesma rua, como se fossem o Sol e a Lua dividindo o mesmo céu. Eles passaram por tudo juntos, coisas boas e ruins, eles topavam sempre uma boa aventura.

Samuca não sabia quando ou como ele acabou se apaixonando por Marocas, mas sabe o quanto foi díficil fingir que estava feliz quando ela se afundava em um relacionamento horrível. Fechou os olhos se lembrando de quando ela começou a sair com Emilio e o quão mal ele ficou a cada dia em que se mostrava um idiota, mas Marocas - que era tão inteligente para algumas coisas - parecia burra para outras.

Ele abriu o convite com cuidado já sentindo seus olhos encherem de lágrimas. Puxou uma cadeira se sentando na mesma pois sabia que iria precisar. Estava em um papel bonito com letras douradas, do jeito que ele costumava imaginar que seria com o casamento dos dois.

Abria e fechava o convite sem parar tentando acreditar se aquilo era realmente real, ele gostaria que fosse sonho, mas não era. Após repetir isso diversas vezes o mesmo virou o convite ao contrário e acabou por chorar de emoção.

Num cantinho, rabiscado no verso ela escreveu com sua clássica letra apressada "meu amor, eu confesso estou me casando mas o grande amor da minha vida é você".

Em um gesto rápido Samuca se levantou e saiu em passos rápidos de casa, caminhou até sua garagem ligando seu carro e acelerando o máximo que conseguia em uma mistura de medo e emoção.

Quando chegou onde queria parou o carro e desceu do mesmo, caminhou até o jardim e se posicionou embaixo da janela da garota.

— MAROCAS! — ele gritou alto chamando atenção da morena que logo apareceu na janela.
— Samuel o que está fazendo aqui essa hora? — a mesma perguntou. — Sabe que dá azar ver a noiva antes do casamento.
— Não pra mim já que não sou eu quem estou casando. — ele respondeu, as palavras tinham um gosto amargo. — Eu recebi o seu convite.
— Ah! — a mesma exclamou com uma expressão enigmatica. — E aí?
— Eu não entendo porque está fazendo isso Marocas, porque não segui seus sentimentos.
— Samuel... — ela diz em um fio de voz mas ele interrompe.
— Mas eu não vim aqui para discutir ou te fazer mudar de ideia. — ele respondeu com sua visão embassada por conta das lágrimas. — Eu só vim pedir para que me conceda uma última dança antes de seu casamento como faziamos antigamente. Nas festas do colégio, no parque, no seu aniversário de quinze anos, no baile da formatura, você se lembra?
— É claro, principalmente no meu aniversário quando pisou no meu pé. — ela respondeu e eles riram.
— Pode por favor me conceder essa dança?
— Sim, sim eu posso! — ela sorriu.

Marocas sumiu da janela e demorou um tempo para Samuel vê-la sair pela porta de casa vestindo uma camisola de cetil em um tom pastel completamente linda. A garota se aproximou do mesmo e Samuel fez um referência exagerada, ela fez outra de agradecimento.

— Vamos dançar sem música? — a garota perguntou se aproximando e posicionando suas mãos em volta do pescoço do mesmo.
— Hã? E desde quando precisamos disso? — ele colocou suas mãos na cintura da garota, quente como se ela estivesse debaixo da coberta.
— Você é impressionante, Samuel! — ela sorriu largamente.

E assim ficaram os dois, valsando embaixo da lua cheia e brilhante, acompanhando a música - ou a falta dela - e provando novamente que eles eram melhores juntos.