au: onde samuca e marocas tiveram um relacionamento ótimo mas acabaram terminando. mesmo que tudo mude em uma noite.
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~ marocas.
Era noite de Natal e garoava lá fora fazendo o clima ficar mais agradável ainda. Eu estava terminando de polvilhar o açúcar de confeiteiro nas rabanadas para ajudar minha mãe a finalizar a ceia. Sempre gostei muito da época de Natal, mesmo que não tivesse nada de especial só o clima já o deixada diferente dos outros.
— Marocas, Marocas! — ouvi a voz de Kiki e Nico se aproximarem e logo elas aparecem ao meu lado junto com Pirata.
— O que foi meninas? Porque ainda não estão vestidas? Vocês sabem o que a mamãe acha de atrasos. — digo me virando para as mesmas.
— Estávamos pensando que se você não poderia nos dar um pedaço de rabanada. — Nico dispara e eu coloco minha mãos na cintura.
— Ah é? — digo.
— Sim, queremos experimentar para ver se está bom o suficiente, é a melhor sobremesa de Natal! — Kiki continua toda orgulhosa.
— E o Pirata concorda conosco, você sabe que os animais sempre tem razão. — Nico sorriu e Pirata late do seu lado como se tivesse entendido o que elas falam. Riu da cena.
— Tudo bem, mas eu só vou dar um pedacinho para vocês ein e não contem nada para a mamãe. — pego rapidamente dois pedaços de rabanada entregando na mão das mesmas. — Agora saiam daqui!
— Maria Marcolina. — escuto a voz da mamãe se aproximando da cozinha.
— Vão comam rápido. — digo baixo para as meninas que enfiam o pedaço inteiro na boca.
— Filha. — minha mãe disse se aproximando e colocando a mão no meu ombro. — Eu termino aqui, vai se arrumar, você está toda suja. — ela olha para o lado vendo as duas com as boca cheia. — Kiki e Nico o que estão fazendo desarrumadas? Subam se trocar! O que estão comendo? — as duas saem correndo sem responder e Pirata vai atrás.
— Eu não sei de nada. — digo quando minha mãe me encara.
— Vou fingir que não sei sobre a aliança de vocês três. — ela pega o açúcar de confeiteiro em cima da bancada. — Vai se arrumar também, daqui a pouco está na hora da ceia
— Obrigada, mãe! — falei e dei um beijinho na bochecha dela, passando meu polegar sujo no seu nariz antes de sair.Fui capaz de ouvir ela dizer algo como "ei" mas apenas ri saindo da cozinha. Caminhei em direção as escadas para subir no meu quarto, quando ouvi a campainha tocar. Limpei minhas mãos na minha camiseta já suja e fui até a porta, quando abri arregalei os olhos com a visita inesperada.
— Quem é? — a voz de meu pai gritou lá da sala.
Antes que eu pudesse responder Samuel lá fora levantou uma das várias placas que estava segurando e nela havia escrito "Diga que é o coral de Natal". Contraio o lábio pensando se deveria fazê-lo mesmo.
— É o coral de Natal, pai! — gritei de volta sem nem olhar para dentro de casa.
— Mande eles embora e entre, está muito frio aí fora.Antes que eu pudesse fazer algo ele ligou o rádio no chão ao seu lado e colocou uma música de Natal pra tocar, provavelmente para acreditarem mesmo que era o coral. Então ele começou a levantar placa por placa que ele segurava embaixo dos braços, cada uma delas havia escrito algo, assim que eu terminava de ler ele levantava outra e assim consecutivamente em um movimento repetitivo; "Eu não deveria estar aqui", "Mas eu estou", "Decidi fazer isso porque é Natal", "(e no Natal todo mundo fala a verdade)", "Você é perfeita", "E eu te amo..Ardentemente", "Eu sei que eu errei e te magoei", "E você estava certa em se afastar de mim", "Então tudo bem se essa for a última noite em que eu te veja", "Pra mim vai ter sido o suficiente", "Ver seus olhos brilharem pra mim uma última vez", "Marocas, você é a mulher mais linda que eu tive o prazer de amar", "E ser amado".
Não consegui falar, meu coração batia tão rápido que eu não era capaz de senti-lo, me apoiei na porta enquanto as lágrimas começavam a escorrer dos meus olhos. Ele se abaixou e pegou o rádio, colocou suas placas embaixo do braço e com um meio sorriso no rosto saiu sem dizer nada. Pensei em entrar, mas não poderia deixar as coisas acabarem daquele jeito, então sai de casa, fechando a porta atrás de mim e corri até o encontro do mesmo.
Samuca parou de andar quando me viu se aproximar, e não foi preciso dizer nada, apenas estávamos nos olhando, como se nossas vozes conversassem sem ao menos ser dito uma palavra, nossa ligação continua tão forte um com outro mesmo depois de meses sem nos ver e nos falar. Então eu o fiz, quebrei a distância e o silêncio entre nós e selei o momento, unindo nossos lábios em um beijo longo e apaixonado sem ligar para a garoa que molhava nossas costas, eu me sentia segura nos braços do mesmo.
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naked - one shots (junic/samurocas)
Romansalivro composto de ones do casal junic e samurocas.