▸ Capítulo 1

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O som suave das ondas que espirravam contra a areia do lado de fora te acordaram de seu sono, seus olhos cansados​ se abriram lentamente. O ar frio fez você tremer e se enrolar mais nos cobertores, se aconchegando no corpo quente que dormia pacificamente ao seu lado. O cheiro de bacon misturado com o ar salgado, uma sugestão de vegetação pairando no ar. Um gorgolejo rugindo atingiu seus ouvidos, dando um suspiro aos seus lábios. A última coisa que você queria era deixar o conforto da cama, mas a comida estava chamando.

— Tommy, café da manhã... – você murmurou, cutucando o peso morto ao seu lado. Ele se mexeu, o braço apoiado no estômago e a cabeça pendurada ao lado do travesseiro. Seus lábios cor-de-rosa pálidos se separaram com as respirações firmes e um pouco de baba escorrendo pelo queixo, orbes cor de caramelo escondidas por detrás de suas pálpebras. Mechas do cabelo cor de chocolate estavam espetadas em direções aleatórias, espalhadas descontroladamente em sua cabeça. Ele gritava sono, tendo pendido do travesseiro em que dormia. O cobertor havia sido roubado durante a noite por você, uma pequena fração deixada para cobrir a metade inferior dele, deixando o torso nu subir e descer sem abrigo. Mesmo nas noites mais frias, Thomas era um forno, proporcionando-lhe calor e conforto. – Thomas, café da manhã!

Você ouviu um fraco murmúrio, incapaz de discernir as palavras. Com um 'huff', você rolou para fora da cama, levando o cobertor com você. Thomas não parecia se importar, apenas rolando de bruços, abraçando o travesseiro contra o peito dele. Sem esperar que ele acordasse, você pegou suas roupas para o dia, se trocando no banheiro para sair. Seu pijama folgado foi descartado em uma pilha e trocado por uma camiseta confortável e uma calça jeans, suas botas em seus pés. Thomas foi deixado com um único beijo na testa que o fez sorrir durante o sono, abraçando mais o travesseiro.

A caminhada pelo Refúgio Seguro era refrescante, as pessoas já estavam trabalhando, embora o sol mal tivesse surgido sobre as montanhas ao leste. Ondas eram compartilhadas pelos ocupantes do paraíso, sorrisos crescendo em seus rostos. Isso te fez sorrir de volta, chutando suas botas para caminhar pelas ondas oceânicas que espumavam contra a areia a caminho das cozinhas. A água estava fria e a brisa estava se acalmando, fazendo o seu cabelo flutuar em forma de ondas. A tagarelice baixa ao seu redor fez seu coração bater com alegria, o céu azul acima da sua cabeça era uma grande mudança do mundo destruído que você estava acostumada há tanto tempo. Mesmo que estivesse a salva das crueldades do mundo há semanas, todos os dias ainda se sentiam novos.

Caçarola te saudou com um prato de ovos, torradas e bacon quando você entrou na cozinha. Os ovos estavam virados com as gemas para cima e o bacon formava um sorriso. O prato era felicidade encarnada nas palmas das mãos. Um risinho deixou seus lábios, agradecendo ao ex-cozinheiro da clareira, encontrando os amigos com quem você passou anos na sua mesa normal. Minho estava tentando roubar o bacon de Brenda, a garota de cabelos curtos empurrando a mão dele e dando um soco na lateral de seu corpo. Newt se mexeu desconfortável em frente a eles, coçando o torso enfaixado enquanto comia sua torrada.

— Pare de coçar. Está curando. – você repreendeu, se sentando ao lado do britânico. Seu amigo de longa data te olhou pelo canto do olho, tomando um gole de suco. – Não me olhe assim. Você deveria estar feliz que a facada não te matou!

— Eu deveria estar morto. – ele sussurrou desanimado.

— Não. Sem negatividade, Newt. – você bufou, balançando seu bacon para ele. – Você está seguro. Você não está infectado. Thomas foi capaz de lhe dar a cura porque Teresa fez o suficiente. Você não está morto. Você está aqui com a gente. E estamos felizes que você esteja.

— Eu sei. Estou feliz por estar aqui também. – disse ele, dando-lhe um abraço de lado. – E por você estar também.

— Te amo, Newtie.

• MAZE RUNNER ▶ DOCTOR THOMASWhere stories live. Discover now