A brisa gelada de Londres fazia com que todas as pessoas se escondessem em suas casas se enrolassem nos seus cobertores, aproveitando a companhia de outros seres humanos ao som do crepitar da lareira. Mas nem todos estavam bem e felizes.
– NÃO!
– Não há outra maneira!
– NÃO... N-não... E-eu não p-posso permitir i-isto!
– Então o que sugere fazer!? Ela está louca! E ele também!
Lágrimas corriam pela face de Tina. No calor da casa de Newt, ela sentia-se mais fria do que nunca. Aquelas palavras que Theseus acabara de lhe dizer eram irreais... Impossíveis...
– Queenie tem de ir para Azkaban! Tal como o garoto! -exclama Theseus pela milésima vez naquele fim de tarde.
– Não não não! Vamos arranjar uma outra maneira! Qualquer coisa! -suplica Tina rouca de tanto gritar.
Enquanto isso, Newt vigiava Quennie e Credence, que ainda estavam atados mas agora já se encontravam no quarto do ruivo. Um silêncio desconfortável para todos assombrava aquela divisão da casa, ouvindo-se apenas o som do vento a chocar contra a janela.
– Queenie para por favor -pede Newt, depois de Queenie ter tentado ler-lhe a mente pela quinta vez consecutiva.
– Dominas-te a arte da oclumência, esperto -disse ela com uma voz fria.
– O que te aconteceu? -pergunta Newt, mais se perguntando a si mesmo do que à sua amiga... Se é que se podia chamar de amiga...
– ELA NÃO VAI PARA AZKABAN!
Os gritos impiedosos de Tina chegavam até aos ouvidos de Newt e dos outros bruxos presentes naquele quarto. Aquilo agustiava o magizoologista e um pouco Queenie. Credence parecia imparcial, o que assustava ainda mais Newt.
De repente, Tina entra no quarto onde eles estavam. Tinha os olhos vermelhos e o cabelo meio despenteado. Olhava fixamente para Queenie, não deixando a mesma ler-lhe. Novamente, Tina recomeça a chorar, abraçando Newt à procura de conforto. O ruivo abraça-a de volta, não tirando os olhos dos dois reclusos.
– Dumbledore nem tem coragem para estar aqui -murmura Credence.
Tina olha para Credebce preplexa.
– Credence... -disse ela tentando se aproximar do garoto.
– Eu não sou Credence! -responde o garoto, não deixando Tina se aproximar- Meu nome é Aurélio, Aurélio Dumbledore!
Agora era a vez de Newt falar:
– D-Dumbledore?
– Sim Scamander, o senhor ouviu muito bem!
– N-não... Tina fique de vigia, eu volto já.
Dito isto, Newt sai a correr e aparata em Hogsmead. Abranda o passo para não dar nas vistas e encaminha-se para Hogwarts. Sem pedir autorização, Newt avança pelo castelo até à sala de Transfiguração. Antes de entrar, ele espreita e repara que o professor está a lecionar uma aula.
E agora... Espero a aula acabar ou...
Isto é urgente
Muito urgente
Credence...
Newt entra na sala mesmo estando Dumbledore ocupado. Ele olha para os alunos que o olham com curiosidade e até alguns o reconhecem como o autor do livro Animais Fantásticos e Onde Habitam, mas a atenção deles volta-se para Dumbledore:
– Newt?
O Scamander desvia a sua atenção para o bruxo. Os seus olhos mostravam desconfiança e receio:
– Credence.
Dumbledore mostra-se confuso.
– Urgente.
O professor vira-se para a turma e, com um sorriso, anota uma coisa no quadro de giz.
– Estão dispensados, mas não se esqueçam do trabalho de casa.
Dito isto, todos os presentes arrumam as suas coisas e saem da sala apressadamente, deixando Newt e Dumbledore sozinhos para conversarem sem que ninguém os incomode.
– É mesmo importante? Acabei de dispensar alunos de uma aula importante.
– Eles estão agradecidos.
Dumbledore cruza os braços. Newt apenas encolhe os ombros.
– Credence? O que tem Credence? -retoma Dumbledore.
– Não tem um irmão... ou-ou... Parente Dumbledore chamado Aurélio? -pergunta Newt.
O professor pondera sobre a pergunta.
– Não. Porquê?
– Credence é Aurélio Dumbledore!
– O quê? Que disparate é esse? -questiona Dumbledore indignado, achando que Newt havia eloquecido.
– Eu também fiquei assim à primeira, mas depois pensei sobre o assunto. E se Grindelwald está usando o Obscurus do Credence para chegar a você, já que com o pacto não deixa ele atacar pessoalmente?
O outro bruxo fica pensativo.
– Mas Credence tem uma varinha...
– Mesmo com uma varinha, o Obscurus ainda está presente no garoto, talvez mais fraco, mas deve estar.
– Então tens de retirar o Obscurus do rapaz!
– Isso o mataria... Como aconteceu com uma garota que eu salvei.
– Temos de correr esse risco Newt. Grindelwald está por aí, provavelmente pronto para se vingar e recapturar o obscurial para me atacar, se essa teoria estiver correta.
– Não sei...
–Newt, é para um bem maior.
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No Meio Da Guerra - Crimes Of Grindelwald (DESCONTINUADA)
Fanfic12/12/2018 - #1 newtina 20/12/2018 - #1 newtina 26/12/2018 - #1 newtina Vou parar de fazer esta contagem, mas muito obrigada a todo o apoio! ⚠Spoiler Alert⚠ Esta fanfic tem soilers do filme Fantastic Beasts: Crimes of Grindewald Newt, Tina e Jacob e...